A juíza eleitoral de Parintins, Juliana Arraes Mousinho, condenou nesta sexta-feira (4), o Chefe da Casa Civil do Governo do Amazonas, Flávio Antony, por abuso de poder político durante o processo eleitoral no município. A sentença decorre de investigações que apontaram o uso da máquina pública para favorecer candidatos aliados ao governo estadual.
A decisão foi baseada em um episódio ocorrido no dia 17 de junho deste ano, quando Flávio Antony, durante um evento oficial do Governo do Amazonas em uma escola estadual na Agrovila do Mocambo, solicitou votos explicitamente para Brena Dianná, então pré-candidata à prefeitura de Parintins, e para outros pré-candidatos, incluindo Márcia Baranda, Babá Tupinambá e Marcos Sarmento Azevedo.
Segundo a decisão judicial, o chefe da Casa Civil foi considerado culpado por utilizar sua posição e os recursos do governo para interferir diretamente no pleito em favor de Brena Dianná (União Brasil).
A juíza responsável pela sentença destacou o caráter grave das ações de Flávio Antony, que envolviam o uso indevido de agentes públicos e recursos governamentais em prol de um candidato específico. O tribunal entendeu que houve clara violação dos princípios democráticos e do processo eleitoral justo, o que culminou na condenação.
Implicações
Esta condenação adiciona mais uma camada de pressão sobre o governo de Wilson Lima, que já enfrenta investigações em outras frentes relacionadas ao mesmo caso. Antony é o principal articulador político do governo estadual e sua condenação pode ter desdobramentos que fragilizem ainda mais o cenário político de Lima.
O caso segue sendo monitorado pelo Ministério Público, que pode abrir novas investigações ou ações judiciais em decorrência das informações apuradas durante o processo.
Decisão prioritária
A decisão foi proferida em caráter prioritário, uma vez que o processo eleitoral em Parintins se aproxima. Além da condenação de Flávio Antony, a Justiça Eleitoral determinou a continuidade das investigações sobre o envolvimento de outros agentes públicos e políticos do Amazonas na tentativa de manipular o resultado da eleição municipal.
Confira Decisão