O governo do Amazonas, em nota divulgada nesta terça-feira, 23, declarou que o estado só retomará a roda de negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) quando os professores retornarem às salas de aula.
Os trabalhadores em educação estão em greve desde o dia 16 deste mês. A greve é considerada ilegal pela Justiça do Amazonas, que estipulou multa diária no valor de R$ 30 mil por cada dia de greve.
De acordo com a nota, no último dia 18, em reunião entre o Governo do Amazonas, sindicato da categoria e membros da Assembleia Legislativa, o Estado sinalizou o reajuste imediato de 8% da data base, retirada das faltas dos trabalhadores da educação pelos dias de greve, estudo para pagamento de progressões por titularidade e tempo de serviço e negociação referente ao fim da Ação Pública, junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas, que proibiu o movimento grevista, com a contrapartida de que as aulas fossem retomadas imediatamente.
O Governo do Estado reforça que enquanto a paralisação continuar, os profissionais envolvidos no movimento terão os dias não trabalhados descontados, conforme assegura a legislação trabalhista e a Justiça amazonense.
Sinteam se Manifesta
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) emitiu nota na tarde rebatendo a afirmação de que a greve é ilegal. Citou o descumprimento da data-base, das progressões, previstas em lei. Lembrou que a liminar de Chalub não é definitiva, e que está cuidando judicialmente desse assunto.
Disse que não havia contraproposta do governo no dia 18 de maio, 71 dias após o recebimento da pauta de reivindicação da categoria. Cita o argumento utilizado pelo governo de que houve redução de arrecadação este ano, mas lembra que o Estado teve recorde de receita no ano passado, e ainda assim não deu o reajuste de 10,54%, nem o retroativo as datas-bases 2020 e 2021.
