Agência Brasil – O Programa Minha Casa, Minha Vida deve contratar 350 mil unidades habitacionais a mais no primeiro semestre de 2015. A ampliação do programa foi anunciada há pouco pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

De acordo com Mantega, a medida mais importante é a manutenção das regras da segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, que acaba no fim do ano, para a terceira fase do programa, que começa em 2015 e vai até 2018. Segundo o ministro, a manutenção das regras permitirá que a contratação de financiamentos não seja interrompida de um ano para outro.

“As empresas têm de se preparar, comprar terrenos e elaborar projetos. Vamos manter a maior parte das regras em vigor, de modo que não haja dificuldades e possamos ganhar tempo, contratando 350 mil unidades no primeiro semestre de 2015”, declarou Mantega.

Segundo o presidente da CBIC, a continuidade do programa habitacional evitará a demissão de pelo menos 500 mil trabalhadores envolvidos diretamente nas obras do Minha Casa, Minha Vida. “As empresas podem entrar na Caixa [Econômica Federal] e pedir a análise dos projetos ainda neste ano para que os financiamentos possam ser concedidos a partir de janeiro”, explicou. Martins lembrou que, da primeira para a segunda fase do programa, a concessão de financiamentos ficou paralisada por dez meses.

Além da manutenção das regras do Minha Casa, Minha Vida, o governo anunciou a prorrogação, por mais quatro anos, do regime especial de tributação dos empreendimentos do programa. Os imóveis de até R$ 100 mil pagam 1% do faturamento para quitar quatro tributos: Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto de Renda e contribuições sociais. Sem o regime especial, a alíquota corresponderia a 6%.

A segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, informou Mantega, financiou 2,550 milhões de unidades até agora. Mais 200 mil imóveis devem ser contratados até o fim do ano, alcançando a meta de 2,750 milhões prevista para o programa habitacional. A terceira fase do programa, que começará em 2015, tem como meta financiar a construção de 3 milhões de unidades, já incluídas as 350 mil anunciadas hoje.

O presidente da CBIC disse que o governo concordou em criar grupos de trabalho para discutir a criação de uma faixa intermediária de beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. Atualmente, o programa é dividido em duas categorias. As famílias com renda até R$ 1,6 mil pagam prestação de R$ 80 mensais. As famílias que ganham mais de R$ 1,6 mil pagam R$ 300. “Sem dúvida, há a necessidade de uma faixa de transição para que o valor da prestação não suba tanto de uma categoria para outra”, defendeu.

Martins disse ainda que a entidade pediu mudanças no programa de concessões de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos, de modo a que favoreçam a contratação de empresas de médio porte. “O modelo precisa sofrer adaptações para que mais empresas possam participar das licitações”, destacou. Entre as sugestões, está a divisão dos projetos em lotes, que podem ser construídos por empreiteiras de menor porte.

Artigo anteriorPoliciais Civis de Lábrea prendem homem suspeito de vender veículos clonados
Próximo artigoAcampamento reúne mais de 4 mil desbravadores na região central do Amazonas