O Ministério da Saúde está aumentando os estoques da cloroquina para o tratamento da covid-19. Quer disponibilizar 6,8 milhão de comprimidos (de 150mg) até agosto.

A pasta já tem disponíveis 1,4 milhão de doses. O restante será produzido pelos laboratórios do Exército e de Farmanguinhos a partir de junho. O objetivo é realizar 375 mil tratamentos.

O ministério divulgou na quarta-feira (20) os protocolos para o uso da cloroquina (íntegra – 405 KB). Recomenda o uso desde o 1º dia da presença dos sintomas. Estabelece que são necessários 18 comprimidos por tratamento. Não recomenda a autoprescrição do medicamento. A distribuição será feita mediante apresentação de receita médica.

“O que o Ministério da Saúde está recomendando não é a autoprescrição do medicamento. É o direito para que todos os brasileiros possam ter acesso à medicação, a partir da avaliação médica, já regulada pelo Conselho [Federal de Medicina]”, disse Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

Usada para o tratamento de malária e lúpus, a cloroquina não tem eficiência comprovada no tratamento da covid-19. Ensaios clínicos, pesquisas acadêmicas e análises científicas indicam que o grau de eficácia contra a covid-19 é muito baixo. Nesta 4ª feira (20.mai), a Organização Mundial da Saúde reforçou esse posicionamento.

O Ministério da Saúde disse que o aumento dos estoques do fármaco é uma medida necessária para assegurar o acesso ao medicamento no país. O órgão não divulgou o custo da produção da cloroquina. Questionada se, caso a cloroquina venha a se provar ineficaz, os recursos não estariam sendo desperdiçados, a secretária disse que “a vida não tem valor”. (Poder 360)

Artigo anteriorEstreitamento da uretra provoca dores abdominais e obstrução do jato urinário; procure um especialista
Próximo artigoDólar abre em alta e volta ao patamar de R$ 5,70