Arthur Gomes da Silva, um dos envolvidos no assassinato da atleta de canoagem britânica Emma Kelty, foi condenado a 29 anos de reclusão pelos crimes de latrocínio, estupro, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O juiz Fábio Lopes Alfaia, presidiu o julgamento ocorrido no último dia 29/07, com atuação do promotor de justiça Rafael Del Castillo.
O caso, de repercussão internacional, ocorreu em setembro de 2017, na praia do Boieiro, próximo à Comunidade Lauro Sodré, zona rural de Coari. Em novembro de 2018, o Ministério Público ofereceu denúncia contra seis pessoas envolvidas no crime: Arthur Gomes da Silva, Jardel Pinheiro Gomes, Erinei Ferreira da Silva, Elionai Cordovil da Silva, Valtemir Andrade de Lima e Erinilson Ferreira da Silva.
No julgamento de Arthur Gomes da Silva, todos os pedidos feitos pelo Ministério Público foram julgados procedentes. O réu recebeu a pena de 29 anos, 11 meses e 07 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo crime de latrocínio, estupro, corrupção de menores e ocultação de cadáver, porém, o Promotor Titular informa que já está recorrendo da decisão para aumentar a pena aplicada.
Em razão do falecimento do réu Jardel Pinheiro Gomes, ocorrido em agosto de 2020, o Ministério Público solicitou e o Juiz declarou a extinção da sua punibilidade, na forma do art. 107, I, do Código Penal e art. 62, do Código de Processo Penal.
Os demais envolvidos foram denunciados em razão do crime de receptação, pois não participaram do latrocínio, já que compraram dos criminosos os produtos subtraídos da vítima (receptação), contudo, a eles fora oferecido SURSIS processual.