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Índice de inflação mais usado em reajuste de contratos de serviços, o IGP-M registrou queda de 1,84% em maio, um tombo maior do que o esperado pelo mercado. Em 12 meses, o indicador já acumula uma deflação de 4,47%, segundo dados divulgados hoje pela FGV.

O alívio vem da perda de ritmo da economia global. Os aumentos nas taxas de juros das principais economias vêm refreando a demanda por alimentos e bens duráveis, o que reduz os preços de commodities.

No Brasil, há um cenário adicional que pressiona a inflação para baixo, que é a safra recorde de grãos projetada para este ano.

– Não é só a supersafra que está derrubando preços de milho, soja e trigo – disse André Braz, economista responsável pelos índices de preços da FGV, ao blog. – O mundo passa por uma desaceleração, e isso se reflete na queda das commodities. Não só as agrícolas. O minério de ferro, usado em bens duráveis, como máquinas e equipamentos, foi destaque de queda em maio.

O dado da FGV mostra que o minério de ferro, que já tinha caído 4,41% em abril, acelerou a deflação para 13,26% neste mês. A soja também passou a cair ainda mais em maio (de 9,34% no mês passado para 8,40% agora).

– Isso é positivo porque aos poucos vai chegando ao varejo. A ração fica mais barata, os preços de carne também, produtos derivados de óleo de soja, milho, margarina – exemplificou Braz. – Essas grandes commodities mais em conta ajudam que a queda chegue aos produtos de uso cotidiano do consumidor.

Com informações de: O Globo

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