Em seu quarto e último dia de atividades, a II Oficina de Benguela agitou o Parque dos Bilhares. na noite deste sábado, dia 14. Várias pessoas que passavam pelo local pararam para observar o jogo de gingas e ritmos. O evento, que contou com o apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel), conseguiu reunir mais de 400 capoeiristas durante a semana.
Entre os vários participantes que marcaram presença na Oficina, destaque para os vindos do interior, como de Manacapuru, Boa Vista do Ramo e Parintins. A instrutora de capoeira Taísse Pinheiro foi uma dessas, que com mais três praticantes formaram a comitiva vinda de Parintins. “Eu pratico capoeira há 11 anos e é minha grande paixão. Comecei com 16 e nunca mais parei. Hoje virou também a minha profissão. Sendo assim, é sempre importante conhecer e saber mais sobre novas técnicas. Eu já conhecia e praticava a Benguela, mas durante a oficina consegui aprimorar ainda mais esse ritmo”, comentou Taísse.
Para o organizador do evento, Vander Araújo, mais conhecido como Pililim, a oficina foi um marco para a evolução do ritmo da capoeira. “Tivemos grande aceitação do público, e através dos instrutores os participantes puderam se reciclar e obter mais conhecimento. Desta forma, eles poderão levar toda essa bagagem adquirida para seus alunos. Percebi uma grande evolução nos participantes e avaliei que eles estão com maior visão de jogo e mais propriedade de movimentos. Ou seja, o objetivo do evento foi alcançado e podemos comemorar esta vitória”, disse Pililim.
Entenda o Ritmo
O ritmo da Benguela comanda um jogo cadenciado, onde os movimentos são quebrados e fluidamente transformados em outros. O jogo é conduzido mais no chão do que gingando e exige do capoeirista mais inteligência e malícia do que o jogo tradicional.
O toque de Benguela foi criado por Mestre Bimba e era muito utilizado no jogo de principiantes para incentivá-los a soltar o corpo e incorporar a malícia da capoeira.