Embarcação onde estava Bruno Pereira e Dom Phillips chegando ao porto de Atalaia do Norte após ser retirada do fundo do rio Itaquaí (Foto: José Medeiros/Agência Pública)

As investigações do inquérito presidido pela Polícia Civil sobre a motivação do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips ocorrido no domingo, dia 5 de junho, no rio Itaquaí, podem ser decisivas par a elucidação do fato até então um tanto quanto nebulosos sobre a motivação e mandantes, por exemplo.

Conforme escreveram Rubens Valente e José Medeiros em longa matéria assinada e publicada na Agência Pública, nesta segunda-feira (20), a investigação é realizada por dois policiais civis de Atalaia, pelo delegado Alex Perez e acompanhada pelo promotor de Justiça Elanderson Lima Duarte, a quem caberá fazer a denúncia ao Poder Judiciário a fim de dar início ao processo criminal.

Até domingo (19), a Polícia Civil havia tomado os depoimentos de 14 testemunhas e três suspeitos, incluindo o principal acusado que, segundo a polícia, confessou a autoria dos crimes, o pescador e caçador Amarildo Oliveira, conhecido como “Pelado”.

Para o investigador Joilnen David Morais da Rocha, a provável motivação do crime é dinheiro e que Bruno estava atrapalhando os negócios dos assassinos.

Segundo ele, grupos de pescadores agindo fora da lei são financiados para realizar excursões dentro da terra indígena que podem durar 15 dias, 20 dias, um mês.

Toda a logística de uma empreitada, segundo ele, que inclui combustível, alimentação e gelo para preservação da carne dos animais abatidos, pode variar de R$ 8 mil a R$ 20 mil.

Quando o peixe e a caça são apreendidos – acrescenta -, o prejuízo é enorme para as quadrilhas, que perdem, também, com vantajosos lucros com incursões ilegais dentro da terra indígena

Nas terras indígenas, o pescador fatura cerca de cinco vezes a mais por isso os investimento compensam. Daí as seguidas invasões”, disse o investigador.

Desde os anos 1990, quando a Terra Indígena Vale do Javari foi demarcada, os recursos foram sendo degradados pelos pescadores fora do território, mas aumentaram dentro, como reflexo da preservação adotada pelos indígenas.

Leia matéria completa aqui (https://www.diariodocentrodomundo.com.br/bruno-estava-atrapalhando-os-negocios-dos-assassinos-diz-investigador-da-policia-civil/)

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