O Irã acusou nesta segunda-feira (12) Israel de estar por trás do ataque à central de enriquecimento de urânio de Natanz e prometeu “vingança”, em um momento de esforços diplomáticos para conseguir que o acordo internacional de 2015 sobre p programa nuclear de Teerã retorne ao bom caminho.

Foi nesta central do complexo nuclear de Natanz, um dos pontos cruciais do programa atômico da República Islâmica, em que Teerã inaugurou ou começou a testar no sábado novas cascatas (conjuntos interconectados) de centrífugas.

Estas máquinas oferecem ao Irã a possibilidade enriquecer urânio mais rapidamente, em quantidades com um grau de refinamento proibido pelo acordo de 2015.

No domingo, a Organização de Energia Atômica do Irã (OIEA) anunciou que a central de enriquecimento de Natanz, no centro do país, sofreu um “acidente” durante a manhã, classificado como ato “terrorista”, que provocou um “corte de energia e não deixou nenhum morto, ferido ou contaminação”.

Desta maneira, Khatibzadeh acusou indiretamente Israel de tentar provocar o fracasso das negociações em curso em Viena para tentar fazer com que o governo dos Estados Unidos retorne ao acordo internacional de 2015, além de obter a suspensão das sanções que Washington voltou a instaurar contra Teerã.

A União Europeia (UE) afirmou que não aceita tentativas de obstruir as discussões com o Irã por sua política nuclear.

“Rejeitamos qualquer tentativa de minar ou provocar o descarrilamento das atividades diplomáticas em marcha”, disse o porta-voz da diplomacia do bloco, Peter Stano, antes de afirmar que as circunstâncias do ocorrido em Natanz “devem ser esclarecidas de modo profundo”.

Um pouco antes, Heiko Maas, chefe da diplomacia da Alemanha, um dos países signatários do acordo de 2015, afirmou nesta segunda-feira que os acontecimentos recentes “não são positivos” para as negociações em curso.

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