O ex-deputado Roberto Jefferson, condenado do mensalão, enviou um documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (12), em que informa ter preferência por cumprir em casa sua pena de prisão. No texto, Jefferson questiona se algum presídio terá condições de oferecer a dieta que ele necessita para tratamento de "síndrome metabólica caracterizada por diabete mellitus tipo II, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica e histórico de obesidade mórbida". A dieta especial consiste em queijo branco, pão integral, suco batido com água de coco, salmão defumado, omelete de claras e whey protein (tipo de proteína). Segundo seu advogado, Pedreira Pinheiro de Lemos, "a grande preocupação" não é com o câncer, mas sim com a "grave doença metabólica em razão do tratamento a que foi submetido". O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu para o STF averiguar se o presídio que receberá o ex-deputado tem condições de fornecer o atendimento médico e a dieta necessários. Janot pediu ao Supremo uma inspeção no presídio e informou que só após obter a informação dará parecer sobre o pedido de prisão domiciliar. Após a Procuradoria opinar, Joaquim Barbosa decidirá se Jefferson cumprirá ou não a pena em prisão domiciliar.

JEFFERSON AFIRMA QUE A DIVULGAÇAO DE DIETA QUIS DESQUALIFICAR PEDIDO AO STF

O delator do esquema do mensalão, ex-deputado Roberto Jefferson, afirmou na segunda-feira (16) que a dieta prescrita por seus médicos, que inclui salmão e whey protein, foi divulgada “apenas com o intuito de desqualificar o pedido de prisão domiciliar”. Em um blog que mantém na internet, o ex-deputado explica que não come salmão defumado como está na receita e que ela serve apenas de parâmetro. Disse ainda que vai ao banheiro no mínimo oito vezes ao dia, como consequência da cirurgia que extraiu o câncer. “Retiraram o duodeno, quatro quintos do estômago, um terço do intestino delgado, parte do fígado e a cabeça do pâncreas", contou. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não expediu a ordem de prisão do ex-parlamentar, e aguarda resposta do governo do Rio de Janeiro sobre a existência de presídios que tenham condições de receber o condenado.

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