No domingo (23/4), os agentes encontraram na mata uma mulher com os olhos fora da órbita, enquanto se recusava a aceitar alimentação. Diante da negativa, ela foi transportada em uma ambulância e encaminhada para atendimento médico.
Cena de crime
Os 323 hectares da floresta de Shakahola foram isolados e declarados como uma cena de crime pelo ministro do interior do Quênia, Kithure Kindiki, para que as equipes continuem com as atividades de resgate.
“Quando chegamos a uma área da floresta onde vemos uma cruz grande e alta, sabemos que isso significa que mais de cinco pessoas estão enterradas ali”, relatou Victor Kaudo, do Centro de Justiça Social de Malindi, à imprensa local.
Entre as sepulturas encontradas, a polícia acredita que uma contenha os corpos de dois pais e três crianças, todos da mesma família.
Crimes anteriores
Makenzie Nthenge está detido há 10 dias na cidade de Malindi, enquanto aguarda julgamento. Ele comparecerá a uma audiência com juiz no dia 2 de maio. O líder alega que não fez nada de errado e que sua igreja encerrou as atividades em 2019.
Nthenge já havia sido detido no último mês depois de ser acusado de incentivar o jejum para duas crianças da cidade, que morreram de fome. Na época, o pastor pagou uma fiança equivalente a 740 dólares e foi liberado. Antes desse episódio, ele também foi preso por usar a Bíblia para convencer filhos de fiéis a deixarem de frequentar a escola.
“O que vimos em Sakhola é algo característico de terroristas”, afirmou o presidente queniano, William Ruto, durante cerimônia de funcionários do sistema prisional nesta segunda. “Os terroristas usam a religião para promover seus atos hediondos. Pessoas como Mackenzie utilizam a religião para fazer exatamente o mesmo”, destacou. As informações são de Metrópoles.