Caso corre na justiça desde 2017, quando suposta vítima registrou a denúncia — Foto: DIMITAR DILKOFF/AFP

O Tribunal de Cassação francês arquivou definitivamente, nesta quarta-feira, as acusações de 2009 contra o ministro do Interior, Gérald Darmanin, por estupro. O político é nome pesado do governo do presidente Emmanuel Macron.

O tribunal superior confirmou o arquivamento da denúncia apresentada por Sophie Patterson-Spatz, ordenada pelo tribunal em primeira instância em 2022 e em recurso um ano depois.

— Esta decisão marca o ponto final de um procedimento que dura sete anos para eventos que supostamente datam de quase 15 anos — celebraram os advogados de Darmanin, Mathias Chichportich e Pierre-Olivier Sur.

Sophie Patterson-Spatz, de 52 anos, denunciou o ministro pela primeira vez em 2017 pelos acontecimentos ocorridos em Paris em 2009, quando Darmanin fazia parte do serviço jurídico do partido de direita UMP. Segundo a mulher, durante uma festa, ele, que na altura tinha 26 anos, fez-lhe compreender o seu possível apoio através de uma carta que enviaria ao Ministério da Justiça, em troca de uma relação sexual.

Ambos admitiram ter tido relações sexuais, mas Patterson-Spatz afirmou que foi forçada a fazê-lo. Já o ministro do Interior alegou ter cedido aos “encantos” de uma mulher “ousada”. Embora o caso estivsse em andamento desde 2017, o presidente de centro-direita promoveu o seu então ministro das Contas Públicas para a pasta do Interior em 2020, cargo que renovou em 2022 após a sua reeleição.

Vários ministros Macron estiveram envolvidos em acusações de violação sexual, apesar de a luta contra a violência contra as mulheres ser uma de suas promessas eleitorais.

Com informações de O GLOBO

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