
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentaria forte resistência do eleitorado brasileiro em uma eventual disputa direta com nomes ligados ao bolsonarismo nas eleições presidenciais de 2026. É o que revela um levantamento nacional do Instituto Paraná Pesquisas, realizado entre os dias 18 e 22 de junho com eleitores em 26 estados e no Distrito Federal.
De acordo com os dados, Lula perderia para Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno, caso o ex-presidente estivesse elegível: Bolsonaro aparece com 46,5% das intenções de voto, contra 39,7% de Lula. Votos brancos e nulos somam 8%, e 5,8% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.
Embora Bolsonaro esteja inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral, o instituto testou também o desempenho de seus principais aliados e familiares. Todos os cenários simulados apresentam empate técnico ou leve vantagem para os adversários de Lula.
Contra Michelle Bolsonaro, por exemplo, Lula aparece com 40,6%, enquanto a ex-primeira-dama teria 44,4%. Com Eduardo Bolsonaro, o placar é de 41,6% para o deputado federal, contra 39,1% do petista. Já em um cenário com Flávio Bolsonaro, Lula registra 38,4%, ante 42,1% do senador.
Outros nomes do campo da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o ex-ministro Rogério Marinho, também superam ou empatam com Lula. Tarcísio teria 43,6% contra 40,1%, e Marinho surge com 41,8% diante de 31,2% do atual presidente — a maior diferença registrada no levantamento.
A pesquisa também mostra Lula empatado tecnicamente com Ratinho Junior (37,0% para Lula e 41,2% para o governador paranaense) e em desvantagem frente a Ronaldo Caiado, que aparece com 41,4% contra 33,5%.
Na simulação espontânea — quando o eleitor responde sem uma lista prévia de nomes — Bolsonaro lidera com 19,5%, enquanto Lula aparece com 18,8%. Candidatos como Tarcísio, Michelle Bolsonaro e Ciro Gomes são citados por menos de 2% dos entrevistados.
A amostra da pesquisa foi composta por 2.020 eleitores em 162 municípios, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para o total da amostra e 95% de grau de confiança.
Confira Os Números