Resgatar raízes, valores e histórias familiares. Foi com essa proposta que o candidato ao governo do Estado, Marcelo Ramos (PSB) visitou, na última quarta-feira (16), o Paraná do Aduacá, localizado em Nhamundá, local onde seu pai, Umberto Lobato Rodrigues, já falecido, nasceu e morou. “Foi um resgate de cheiros, sons, memória e reafirmação de princípios”, ressaltou.

A última vez que Ramos esteve no Paraná do Aduacá, foi em 1985, quando seu pai o levou, juntamente com o irmão mais novo, Umberto, para conhecer a região, que ainda pertencia ao município de Parintins.

Na época, com 12 anos, recorda que as férias sempre eram em Parintins com a família. Numa dessas ocasiões ao chegar à ilha, o pai pegou um barco “recreio” e partiu com os filhos para um lugar, distante cerca de duas horas da cidade.

Logo que chegaram ao local, onde ficaram por cerca de uma semana, desceram do barco e o pai apontou alguns troncos num terreno, e disse que foi lá onde a história da família começou. “Foi aqui, onde seus avós moraram, onde eu nasci e fui criado com seus tios. Quero que vocês conheçam”, foram as palavras dele, relembra Marcelo, completando que a visita teve significado especial, porque alguns meses depois o pai faleceu.

Na opinião dele, o pai deu uma lição para ele e o irmão ao realizar esse gesto. “Por isso, fiz questão de voltar ao Paraná do Aduacá, ao começar essa caminhada da campanha, porque 1985 foi um marco que trouxe lições e ensinamentos. Meu pai mostrou que as pessoas que saíram desse lugar, tão longe, venceram na vida com estudo, dedicação e muita luta, mas sem esquecer seus valores éticos”, explicou.

O candidato explica que, ao falar que iria ao Aduacá, muitas pessoas perguntaram se o lugar tinha muito voto. “Pode não ter nenhum voto, mas tem princípios e valores que foram essenciais para permitir que minha família seguisse numa trajetória honesta e, por isso, aqui é um marco na minha vida”, argumentou.

Para guiá-lo até o local foi escolhido (não por acaso), Saladino de Souza: a mesma pessoa que fez o trajeto há 29 anos com ele, o irmão e o pai.

“Foi uma grande surpresa, depois de tanto tempo, ver que o Marcelo voltou e não esqueceu aquela viagem”, disse Saladino, que mora na região e é amigo da família há muitas gerações..

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