O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação da candidatura do prefeito de Humaitá, Herivaneo Vieira de Oliveira, conhecido como “Herivaneo Seixas” que é candidato à reeleição.

Em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) publicada na última sexta-feira (9), o MP acusa Herivaneo, Francisco Chagas de Souza, Geraldo Caetano Simpson Santiago (candidato a vereador) e Manoel Oliveira Menezes de crime eleitoral decorrente do uso indevido dos meios de comunicação social, abuso de poder político e abuso de poder econômico.

O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da Promotoria Eleitoral da 17ª Zona Eleitoral do Estado do Amazonas, instalada em Humaitá e assinado pelo promotor Weslei Machado.

A ação é oriundo de um Procedimento Preparatório Eleitoral para apurar a prática de ilícito eleitoral decorrente do uso indevido dos meios de comunicação social, abuso de poder político e abuso de poder econômico por parte dos réus.

O MPE acusa os réus de terem cometido vários crimes que configuram o abuso do poder econômico. A peça enviada ao Juízo eleitoral resume os ilícitos da seguinte forma:

  1. a) o uso indevido de um perfil na Rede Social Instagram, pertencente ao órgão público Prefeitura Municipal de Humaitá, @prefeituradehumaita, para a promoção pessoal e enaltecimento, em ano eleitoral, do réu Herivaneo Vieira de Oliveira, candidato à reeleição ao cargo de prefeito do Município de Humaitá;
  2. b) o uso indevido de um blog, “A Crítica de Humaitá, pertencente ao réu Francisco das Chagas de Souza, que possui, aproximadamente, dezesseis mil acessos diários e trezentos e noventa mil acessos mensais, em um município que possui cerca de cinquenta e cinco mil habitantes, para a promoção pessoal e enaltecimento, em ano eleitora, do réu Herivaneo Vieira de Oliveira, candidato à reeleição ao cargo de prefeito do Município de Humaitá;
  3. c) o uso indevido do aplicativo WhatsApp para o envio de mensagens instantâneas para a promoção pessoal e enaltecimento, em ano eleitoral, do réu Herivaneo Vieira de Oliveira, candidato à reeleição ao cargo de prefeito do Município de Humaitá, e do candidato Geraldo Caetano Simpson Santiago, candidato ao cargo de vereador;
  4. d) a execução de serviços de edição de imagens e vídeos para uso nas notícias e publicações do blog “A Crítica de Humaitá”, por um servidor público, o réu Manoel José de Oliveira Menezes, durante o horário de expediente público e no qual deveria executar suas atribuições públicas, durante o ano eleitoral;
  5. e) a divulgação de mensagens no aplicativo WhatsApp pelo réu Geraldo Caetano Simpson Santiago, servidor público, com a promoção pessoal própria e do réu Herivaneo Vieira de Oliveira, durante o ano eleitoral.

Dessa forma, o Ministério Público eleitoral pede a cassação do registro de candidatura ou do diploma dos réus Herivaneo Vieira de Oliveira e Geraldo Caetano Simpson Santiago, bem como a declaração de inelegibilidade decorrente dos abusos de poder econômico e abuso de poder político de todos.

A ação do MPE está tramitando na Justiça Eleitoral sob o número 0600238-98.2020.6.04.0017 .

Denúncias da Transparência

As denúncias que resultaram nos pedidos do MP Eleitoral contra Herivaneo Seixas, são da Associação Transparência Humaitá.

Em julho deste ano o promotor Rodrigo Nicoletti, da 2ª Promotoria de Justiça de Humaitá, pediu a Justiça a retirada das redes sociais da prefeitura daquele município toda propaganda institucional que promova a pessoa do atual prefeito Herivaneo Seixas.

No mesmo pedido, o MP requereu que matérias jornalísticas que vinculem atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos do município à pessoa do prefeito sejam retiradas do portal de notícias local A Crítica de Humaitá.

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