O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, revelou à CPI da Pandemia, nesta terça-feira (15), que o governo do estado enviou um ofício ao 0governo federal no dia 31 de dezembro de 2020 relatando a situação crítica da saúde no Amazonas. Segundo ele, o documento foi enviado ao Ministério da Saúde com pedido de apoio da Força Nacional de Saúde.

Ainda em seu depoimento a CPI Marcellus afirmou que tinha enviado uma carta pedindo apoio logístico do Ministério da Saúde por causa do colapso na saúde pública. E disse que fez uma ligação no dia 7 de janeiro para pedir uma ajuda logística de Belém para Manaus, e três dias depois informou a preocupação com a empresa White Martins.

O ex-secretário revelou que no dia 4 de janeiro de 2021, o Amazonas recebeu uma visita da secretária Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”. “No dia 4 de janeiro recebemos a secretária Mayra Pinheiro. Na primeira reunião, sua assessoria convocou a presença do Conselho de Medicina, Conselho de Enfermagem, sindicatos, autoridades da área médica, especialistas, etc”.

De acordo com Marcellus Campêlo o posicionamento de Mayra no estado foi de defesa do chamado “tratamento precoce”, com uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra Covid-19.

“Vimos uma ênfase da doutora Mayra em relação ao tratamento precoce e disponibilização de um novo sistema que poderia ser utilizado e que seria apresentado oportunamente”, continuou, referindo-se ao TrateCov.

“A viagem da doutora Mayra se deu mais com ênfase na atenção primária, ou seja, as reuniões eram mais para trabalhar com as prefeituras e a de Manaus, naquela época, tinha acabado de assumir com muitas dificuldades – faltavam medicamentos para as Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, completou.

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