Benjamin Netanyahu - Foto: Reprodução/Redes sociais

Tel Aviv – Em meio aos esforços internacionais por um novo cessar-fogo na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira (2) que o país manterá suas operações militares até que todos os reféns sejam libertados e que o grupo Hamas seja completamente eliminado do território.

A declaração de Netanyahu ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado, um dia antes, que Israel estaria disposto a aceitar um cessar-fogo de 60 dias, segundo acordo discutido durante uma reunião com representantes israelenses.

Conflito persiste

Apesar dos sinais diplomáticos, os combates continuam na Faixa de Gaza. Desde a ruptura do último cessar-fogo, em março, mais de 6.300 palestinos foram mortos e ao menos 22 mil ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde da Palestina. O plano de paz anterior previa uma trégua em três etapas, mas não foi implementado com sucesso.

Trump afirmou que teve uma “reunião longa e produtiva” com enviados israelenses na última terça-feira (1) e garantiu que há avanços nas tratativas para interromper as hostilidades. Segundo ele, um novo cessar-fogo pode ser alcançado “já na próxima semana”.

Ainda assim, o discurso de Netanyahu permanece firme. “Não voltaremos a uma situação em que o Hamas governa Gaza. Isso terminou. Não haverá Hamas”, declarou o primeiro-ministro.

Hamas analisa proposta

Do outro lado do conflito, o grupo Hamas afirmou que está avaliando a proposta de cessar-fogo encaminhada por mediadores internacionais. Segundo o assessor político do grupo, Taher al-Nunu, há disposição para chegar a um acordo desde que ele garanta o fim definitivo da guerra.

“Estamos prontos e comprometidos com qualquer iniciativa que leve a uma solução clara e ao encerramento completo da guerra”, disse al-Nunu. A retirada das tropas israelenses do enclave palestino, no entanto, permanece como condição essencial para o Hamas — exigência que Tel Aviv não aceita.

Próximos passos

Está prevista para a próxima segunda-feira (7), em Washington, uma reunião entre Netanyahu e Donald Trump. O encontro deve tratar diretamente das possibilidades de cessar-fogo e das condições para uma solução duradoura no conflito.

Enquanto isso, a situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar. A comunidade internacional acompanha de perto as movimentações diplomáticas, diante da escalada do conflito que já dura meses e afeta milhares de civis.

Com informações de Metrópoles

Artigo anteriorMercosul conclui acordo de livre comércio com bloco europeu EFTA
Próximo artigoBolsonaro passa por endoscopia e terá tratamento médico intensificado