O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em um pronunciamento realizado nesta quarta-feira (8/9), comentou as manifestações de 7 de Setembro e as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Lira disse que a Câmara “tem compromisso com o Brasil real” e servirá como uma “ponte de pacificação” entre os poderes Judiciário e Executivo. “Nunca faltamos para com os brasileiros a Câmara não parou diante de crise que só fazer o Brasil andar para trás”, disse.

Sem citar o nome do presidente, Lira reclamou da volta, por parte do presidente, do assunto do voto impresso. “É hora de dar um basta a esta escalada em um infinito looping negativo”, disse Lira.

Mas deixou claro que vai se manter nas regras do jogo: “Nossa Constituição não será rasgada”.

Em discurso no 7 de Setembro, Bolsonaro pediu o “enquadramento” do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que apura divulgação de notícias falsas e ataques ao STF. Além disso, Bolsonaro fez ameaças ä Corte e apontou que não obedecerá nenhuma ordem judicial emitidas pelo ministro no STF.

Bolsonaro também voltou a falar sobre o voto impresso para as próximas eleições, pauta sepultada pelo Plenário da Câmara, sob o comando de Lira, em votação ocorrida no mês passado.

Lira tem sido cobrado por partidos de oposição a dar andamento a pedidos de impeachment contra o presidentes que somam hoje 136 requerimentos. Com o comportamento de Bolsonaro nas manifestações, além de partidos de oposição, lideranças de três partidos optaram por também aderir aos pedidos: MDB, PSD e Solidariedade.

Mesmo assim, Lira continua apostando que não há materialidade ou ambiente político na Câmara para o impeachment. Com informações de Metrópoles.

Artigo anteriorAção da Rocam na zona oeste frustra tentativa de ataque entre grupos criminosos rivais na capital
Próximo artigoDois homens são detidos pela PMAM por roubo em transporte coletivo, no bairro Tancredo Neves