Urna eletrônica Foto:Nelson Jr./Ascom/TSE

Na democracia, as eleições são instituições capazes de mobilizar forças para garantir a continuidade de um determinado projeto político ou, quem sabe, desautorizar os atores políticos quanto à sua representação popular à frente do governo ou do parlamento do Estado ou da Nação.

O motor destas ações origina-se da vontade popular – da maioria – a ganhar corpo de forma estruturante no entorno de um determinado candidato movido por propostas e projetos submetidos a julgamento popular nas urnas.

O grito desta gente às vezes é silencioso, envergonhado ou uníssono dando um basta a mesmice, a indiferença, a estupidez dos aloprados, que, por sua vez, quando eleitos se apropriam dos instrumentos de estado para proveito próprio, amealhando bens e riqueza, enquanto isso, o povo sem pão, trabalho e renda é excluído socialmente marcado pela fome e desalento.

As urnas são caixas de ressonâncias que gritam a vontade geral contra o desgoverno ou a favor de um novo ordenamento sob a direção política e moral de um mandatário justo e humano pronto a cumprir e responder as demandas da nossa gente.

No Amazonas, a indignação pode vir das urnas pelas vidas que foram ceifadas na pandemia, na fila da morte dos hospitais, a falta de moradia, a insegurança, o desemprego seguido do abandono social e a violação dos direitos fundamentais das famílias do Amazonas. O governo atual, necessariamente, deve responder por todos esses males.

As pesquisas dão conta que estas eleições serão decididas no segundo turno entre Wilson Lima e Eduardo Braga, cabendo as eleitoras e eleitores o julgamento final nas urnas.

De qualquer modo, a decisão do eleitor no Amazonas sofrerá sem dúvida as influências da disputa entre Lula e Bolsonaro para Presidência da República. Se a vantagem do Lula for esmagadora o ânimo dos bolsonaristas pode esmorecer. O fato é que o segundo turno no Amazonas muda sensivelmente, os especialistas, por sua vez, vão conferir e analisar se a rejeição de Wilson Lima aumentou ou diminuiu.

Da mesma maneira, analisa-se também se a condição de réu do governador Wilson Lima afeta na qualidade do voto? Como também se Amazonino transfere voto a Eduardo Braga? E qual será o engajamento do Omar Aziz no segundo turno e dos demais candidatos eleitos?

Quanto às estratégias das candidaturas devemos ficar atentos, em atenção à capital e o interior mediado pelo apoio dos prefeitos.

Nesta conjuntura somos tomados por mais indagações do que respostas deixando que o povo com indignação e coragem faça a soberana justiça nas urnas confirmando o melhor para o Amazonas.

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