Os fatos ocorridos nas últimas 48 horas no Amazonas, como a morte do sargento da Polícia Militar, José Cláudio da Silva, o “Caju”, vítima de latrocínio (assalto seguido de morte), a tentativa de assalto quando um carro de uma empresária foi alvejado a tiros (ontem à tarde depois do assassinato do PM), a rebelião na Unidade Prisional, em Parintins (segunda-feira) e a entrega dos comandos das Tropas Especiais, foram denunciados no plenário do Senado Federal pelo senador Eduardo Braga (PMDB), candidato ao Governo do Amazonas, onde disse que tudo leva a crê que o estado vive uma situação caótica na segurança pública.

Indignado e preocupado com a situação, Braga falou sobre os fatos ocorridos que evidenciam o caos instaurado e a falta de segurança no Estado do Amazonas.

Sobre a rebelião ocorrida durante todo o dia da última segunda-feira (1º), em Parintins, o senador relatou os atos de violência brutal que aconteceram no presídio da cidade. “Pessoas foram decapitadas. Em um governo que, durante quatro anos e meio, não concluiu uma obra no sistema prisional no Estado do Amazonas. A situação é absolutamente crítica”, disse.

O senador se pronunciou ainda sobre os fatos lamentáveis ocorridos nesta terça-feira (2). “Ainda no dia de hoje, um cidadão, assessor de um dos candidatos ao governo, foi brutalmente assassinado com dois tiros na porta do comitê”, denunciou.

“Acabo de ser informado de que vários comandantes das tropas especiais da Polícia Militar do Amazonas estão entregando o cargo em sinal de protesto contra a absoluta falta de planejamento, a absoluta falta de governança, em relação à marginalidade e à criminalidade no Amazonas”, continuou o senador, em seu pronunciamento indignado, referindo-se aos comandantes das Tropas Especiais, da Tropa Ambiental, da Tropa de Choque, da Tropa da Zona Leste e do Comando de Manutenção e Logística.

Eduardo Braga, também denunciou a situação de uso da máquina do Estado para fins eleitorais. “Enquanto isso, e falo com absoluta tristeza para comunicar ao Brasil o que está acontecendo no meu Estado, a máquina do governo está pressionada, humilhada, como nunca se viu na democracia do Amazonas”, declarou.

O senador detalhou melhor o uso da máquina no processo eleitoral. “A máquina está pressionada a entrar num processo de campanha ao ponto dos professores, ontem, numa reunião com o secretário de Educação de fato, esticarem uma faixa dizendo que a Secretaria do Estado do Amazonas não é curral eleitoral, que professores não são cabos eleitorais. São mestres que precisam ensinar e educar um povo. Que merecem respeito”, relatou.

O caso da empresária que foi alvejada com cinco tiros na tarde de desta terça-feira (02) também foi lembrado por Eduardo Braga no plenário do Senado. “Se ela não tivesse um carro blindado, estaria morta”, afirmou.

“Quero, portanto, fazer uma denúncia ao Brasil e à imprensa nacional de que a situação no Amazonas é crítica na área de segurança. Faço aqui um apelo ao Senado da República que acione o Ministério da Justiça, que acione as autoridades competentes, para que nós não tenhamos mais episódios dramáticos como estes no Estado do Amazonas”, concluiu.

Solidariedade a família

O senador Eduardo Braga, disse ter ficado consternado com a notícia do assassinato do sargento da Polícia Militar, José Marques da Silva, em Manaus. O sargento era segurança do também candidato ao governo amazonense, deputado estadual Marco Antonio Chico Preto (PMN).

Braga prestou solidariedade aos familiares da vítima, a Chico Preto e sua esposa, Silvana da Costa. Ela era acompanhada pelo policial no momento do crime.

“Lamento profundamente o que aconteceu e, ao mesmo tempo, fico indignado porque essa é mais uma prova da falta de segurança que assola nosso estado”, disse o senador.

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