A Orquestra Barroca do Amazonas (OBA) encerra suas atividades no ano de 2017 com a apresentação da miniópera “Les Plaisirs de Versailles” neste sábado (16/12), às 18h, no Centro Cultural Palácio Rio Negro, no Centro. A apresentação tem entrada gratuita e conta com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), dentro da agenda do Programa Espaço Aberto.

“Les Plaisirs de Versailles” – em português, “Os prazeres de Versalhes” – foi escrita pelo compositor francês Marc-Antoine Charpentier (1643-1704) no início da década de 1680, como uma ópera curta para ser encenada nos salões do Palácio de Versalhes, nas recepções do rei Luís XIV. A apresentação da peça no Palácio Rio Negro, que terá cerca de uma hora de duração, faz parte das ações de formação de público em espaços históricos, que a OBA promove há dois anos. 

“Nesse trabalho, explicamos sobre gêneros musicais, como cantatas, sonatas e sinfonias, além de tocar, ou fazemos um concerto dedicado a um compositor e sua época. Para este final de ano, imaginamos que seria interessante fazer uma ópera pequena. ‘Les Plaisirs de Versailles’ pareceu ideal, pois é uma ópera para salão, com quatro cantores, e é divertida – um divertimento lírico”, explica Márcio Páscoa, maestro titular da OBA. 

“Les Plaisirs de Versailles” traz como personagens alguns dos prazeres comuns vividos em Versalhes, como a Música, a Prosa e o Jogo, além de Comus, deus grego dos festejos. No enredo, a Música começa a cantar, mas é interrompida pela tagarelice incessante da Prosa, colocando as duas em disputa. O Jogo sugere a elas resolver o caso numa aposta, mas Comus ameniza a disputa seduzindo a Prosa com chocolate. No final, as duas deixam as diferenças de lado para ajudar o Rei a relaxar após suas batalhas. 

Com direção musical de Páscoa, a montagem traz no elenco as sopranos Mirian Abad, Luziene Lins e Yasmin Rodrigues, e o barítono Emanuel Conde. Os cantores foram preparados pelo projeto Opera Studio, a cargo de Duany Parpinelli, no âmbito da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A direção cênica é de Francisco Rider, que também selecionou figurinos e adereços em conjunto com o elenco. 

Sobre a OBA – Fundada em 2009, a Orquestra Barroca do Amazonas se dedica à interpretação musical da música dos séculos XVII, XVIII e início do XIX, com base em fontes históricas e nas abordagens culturais contemporâneas mais recentes sobre o estudo desse período. O grupo, que usa cópias de instrumentos de época, tem foco especial na música luso-brasileira, mas também se dedica a programas e autores de outras nacionalidades que dialogam para a formação de um ambiente mais vasto de compreensão musical.

Desde sua criação, a OBA já esteve em dezenas de cidades brasileiras e do exterior (Portugal, Espanha e Itália), graças a patrocínios diversos como Petrobras, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), UEA, Sesc, SEC, Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult-PA), União Europeia, Regione Piemonte, entre outros. 

A orquestra já gravou quatro CDs, disponíveis para venda em lojas online como CDbaby e Amazon, dentre 20 outros distribuidores e agregadores mundiais. Participou de diversos festivais de ópera e de música antiga, em cidades como Turim, Chivasso, San Maurizio (Itália), Juiz de Fora (MG), entre outros.

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