Os termos da delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS, serão questionados por ao menos um ministro na sessão de quarta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF), que irá decidir se suspende o inquérito contra o presidente Michel Temer, como pede a defesa. Temer é investigado por três crimes: corrupção passiva, obstrução à investigação e participação em organização criminosa. A dúvida é se o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo, poderia ter concedido perdão judicial ao empresário sem ouvir o plenário da Corte.

Já havia indignação no STF com os termos do acordo fechado com Sérgio Machado, que conseguiu livrar os filhos de punição. Os benefícios dados a Joesley elevaram o tom das críticas na Corte. Já se fala em questionar outras delações.

“Não tenho notícia de acordo de delação com tantas benesses a um delator”, diz o professor de Direito da FAAP, Luiz Fernando Amaral.

Fonte – Estadão

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