Um dos sintomas da bronquiolite é a febre - Foto: Shutterstock

Abril de 2025 – A situação climática tem se apresentado bastante assustadora nos últimos tempos, com temperaturas que alternam entre ondas de calor e de frio. Com a chegada das estações de outono/inverno o clima tende a ficar mais seco favorecendo o surgimento da Síndrome Respiratória Grave (SRAG), causada principalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VRS), mas também por outros vírus, como metapneumovírus, bocavírus, influenza, adenovírus, rinovírus e o SARS-CoV-2 (COVID-19). Estes vírus ocorrem principalmente em crianças de até dois anos de idade, que apresentam infecções das vias aéreas superiores (resfriadas), pneumonias e bronquiolites, levando-as de forma mais freqüentes aos prontos-socorros.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2024 foram registrados mais de 112 mil hospitalizações e 7 mil óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o país. O Boletim da Fiocruz aponta que, no período de 9 a 15 de fevereiro desse ano já foram notificados mais de 11 mil casos de SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos.

Dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, indicam que o VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% das pneumonias nos pequenos menores de 2 anos.

No Hospital Infantil Sabará, no período entre março e agosto, esse número chega a quase dobrar em relação aos outros meses do ano. Em 2024, entre os meses de janeiro e março, ocorreram 519 casos de positividades de VSR, sendo que nos três meses seguintes esse índice superou mil casos. Só nos dois primeiros meses de 2025, foram identificados 174 casos de crianças que positivaram VSR.

“Entre os principais sintomas da bronquiolite são a respiração e acelerada. Como o bebê não consegue se alimentar direito, muitas vezes acaba precisando de internação até desobstruir as vias aéreas”, explica a infectologista pediátrica difícil do Hospital Infantil Sabará, Dra. Flávia Jacqueline Almeida.

A prevenção do VSR pode ser feita pela imunização ativa ou passiva. Para crianças não há vacinas disponíveis. Mas há uma imunização passiva. Isto pode ser feito pela vacinação do VSR na gestante, que irá produzir anticorpos e passar para o bebê dentro do útero, de forma que ele fique protegido nos 6 primeiros meses de vida. O Programa Nacional de Imunização anuncia que irá incorporar essa vacina para as gestantes. Aguardamos ansiosamente a data de início.

Além disso, existem anticorpos que podem ser aplicados nas crianças para prevenção. O palivizumabe é utilizado para crianças de maior risco para o VSR (prematuros, cardiopatas e pneumopatas) e é disponibilizado pelo SUS. O nirsevimabe pode ser utilizado para todos os bebês e o Ministério da saúde também irá incorporá-lo para as crianças em risco.

Sobre o Sabará Hospital Infantil 

O Hospital Infantil Sabará, localizado na cidade de São Paulo, é referência no atendimento de crianças e adolescentes até 17 anos, 11 meses e 29 dias. É um dos primeiros hospitais exclusivamente pediátricos a conquistar a acreditação pela Joint Commission International (JCI) , um selo que garante sua qualidade assistencial.

Fundado há mais de 60 anos, o Hospital Infantil Sabará opera o segundo modelo de hospitais infantis americanos, os Children’s Hospitals , baseado na expertise de alta complexidade em todas as especialidades pediátricas, que conta com uma equipe multiprofissional integrada de alta capacidade resolutiva na atenção à criança.

Com uma equipe médica e assistencial altamente capacitada e um parque tecnológico moderno e completo, a Instituição está preparada para a realização de partos, quando há necessidade de intervenção cirúrgica imediata ao nascimento, e transplantes renais.

Seu foco em pediatria permite que a Instituição não só conheça as mais diversas doenças infantis, como também garante a expertise no diagnóstico e tratamento de doenças simples às mais raras e de difícil interpretação diagnóstica.

Para transformar a experiência da criança internada, contate o Programa Child Life , composto por especialistas em desenvolvimento infantil. Por meio de atividades lúdicas, os profissionais se comunicam com a criança de acordo com seu desenvolvimento de linguagem e compreensão do mundo, facilitando, assim, o seguimento do tratamento.

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