Rodrigo Boer morreu após a aeronave em que ele pilotava cair na região de Manicoré no interior do Amazonas

O corpo de Rodrigo Boer Machado, 29 anos piloto profissional que morreu na queda de uma aeronave no Amazonas, foi velado e sepultado na manhã deste sábado (28), em Fernandópolis, sua cidade natal, no interior de São Paulo.

O funeral teve início às 7h, e o sepultamento ocorreu às 10h30 no Cemitério Municipal. Rodrigo, de 29 anos, residia em São José do Rio Preto (SP) e estava em um voo a trabalho quando o acidente aconteceu.

O corpo chegou ao Aeroporto de São José do Rio Preto por volta das 18h da sexta-feira (27) e foi levado para Fernandópolis, onde recebeu as últimas homenagens de familiares e amigos.

O acidente

O desaparecimento da aeronave de matrícula PT-JCZ foi registrado no dia 20 de dezembro, enquanto Rodrigo Boer e o passageiro Breno Braga Leite, de 27 anos, realizavam um voo a trabalho no município de Manicoré (AM), a 332 quilômetros de Manaus.

Após intensas buscas realizadas pela Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e brigadistas locais, os corpos foram encontrados na última quarta-feira (25), em uma área de difícil acesso na comunidade onde a aeronave caiu.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a aeronave não tinha plano de voo registrado e não foi detectada pelos radares. O último sinal de GPS indicava uma posição ao sudeste de Manicoré. As causas do acidente estão sendo investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

Homenagens e solidariedade

Durante o traslado do corpo de Manicoré para o aeroporto, na quinta-feira (26), um cortejo com a participação de moradores locais acompanhou o carro funerário, em uma demonstração de respeito e solidariedade à família do piloto.

Marcelo Boer, irmão de Rodrigo e dentista, relembrou o último contato com o irmão pouco antes da decolagem. Emocionado, ele agradeceu o apoio recebido da comunidade de Manicoré.

“Meu pai chegou lá angustiado, mas foi acolhido pelo pessoal de Manicoré. Infelizmente, voltou com o filho em um caixão, mas com a alma confortada pelo apoio e pela solidariedade que encontrou”, disse Marcelo.

A tragédia comoveu tanto os amigos de Rodrigo quanto os moradores do Amazonas, que desempenharam um papel fundamental nas buscas e no apoio à família. A perda deixa um legado de saudade e memórias de um profissional dedicado e querido por todos.

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