O deputado Chiquinho Brazão é acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco, em 2018

Em uma sessão marcada por intensos debates, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10/4), a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão, sem partido, do Rio de Janeiro. A decisão vem após sua detenção pela Polícia Federal (PF) em março, sob a acusação de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de tentar obstruir as investigações do crime. A votação culminou em 277 votos a favor, 129 contrários e 28 abstenções, contando com a presença de 435 parlamentares.

A aprovação da prisão no plenário sucedeu a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que ocorreu na mesma tarde. Lá, o relatório favorável à manutenção da prisão de Brazão, elaborado pelo deputado Darci de Matos (PSD-SC), foi aprovado com 39 votos favoráveis, 25 contrários e uma abstenção. Durante a sessão, Matos enfatizou as acusações pesadas contra Brazão, incluindo a obstrução da Justiça e a suspeita de homicídio qualificado com emboscada, considerado um crime hediondo de repercussão internacional.

A decisão da Câmara dos Deputados seguiu a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que havia ordenado a prisão de Brazão no dia 24 de março. Essa decisão foi posteriormente ratificada pela primeira turma do STF, solidificando a posição de que o parlamentar deveria permanecer detido.

Este caso destaca a gravidade das acusações envolvendo políticos em crimes de grande repercussão e sublinha a importância da independência e do rigor das instituições judiciais brasileiras. A prisão de um deputado federal é um evento significativo, que reitera o compromisso do país com a justiça e o combate à impunidade, especialmente em casos que chocam a opinião pública e têm implicações internacionais.

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