O coronel Euler Cordeiro, corregedor-auxilia da Polícia Militar, disse nesta terça-feira (13) que apenas dois policiais militares lotados na 25ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), estavam envolvidos no suposto tiroteio no último domingo (11) na rua Flávio Costa, no bairro do Coroado, na Zona Leste de Manaus, que resultou no ferimento de um adolescente de 17 anos com um tiro nas costas que acabou deixando a vítima paraplégico. Ele garantiu ainda que o atirador já foi identificado, mas o nome dele continua sendo mantido em sigilo pela instituição militar.

O Departamento de Justiça e Disciplina (DJD), da Policia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a ocorrência da rua Flávio Costa, no bairro do Coroado, na Zona Leste de Manaus, que será concluído num prazo de 40 a 60 dias. O jovem ficou com a bala alojada na coluna e perdeu os movimentos das pernas e está internado no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, na Zona Leste Manaus.

São duas versões para o fato que revoltou os moradores da rua Flávio Costa, a dos policiais, que afirmam terem sido recebido a tiros e a dos moradores, era por volta das 17h, quando uma viatura apareceu na rua. O adolescente e outros dois amigos estariam em um lanche, merendando, quando avistaram a guarnição e saíram correndo.

“Os policiais desceram do carro com as armas em punho e já começaram a atirar. Um dos tiros acertou a costa do menino”, disse um morador, que temendo represália e por segurança, não quis revelar seu nome.

Muito nervoso, o sargento estava mais preocupado em discutir com as pessoas que filmavam

Ele garantiu que sargento que estava na viatura do Ronda no Bairro, de placas OAI 4467, ao perceber a besteira que ele e sua guarnição fizeram discutiu com os moradores e tentou tomar os celulares as pessoas que estavam filmando. "Estava nervoso. Mandou até abrir o xadrex da viatura para jogar o jovem baleado dentro, mas a população protestou e ele desistiu", acrescentou.

Denúncia formalizada

A dona de casa Néia de Oliveira Cruz, 45 anos, esteve na manhã desta terça-feira na Corregedoria da SSP, onde prestou depoimento e oficializou a denúncia contra os militares da 25ª Cicom. Ela manteve a versão de que o filho fora vítima de uma abordagem mal sucedida por policiais sem nenhum preparo para trabalhar com as pessoas nas ruas.

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