A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 21/10, a 2ª fase da Operação Fair Play, em desdobramento às investigações que visam reprimir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa, praticados por grupo empresarial que atuava em Manaus e em outros três estados da federação.

De acordo com fotos postadas pelo Radar Amazônico, mostram as viaturas da Polícia Federal em dois condomínios de luxo na capital amazonense, o Renascence, localizado v. Dr. Theomario Pinto da Costa, Chapada, e o Gran Vista, na Rua Raimundo Nonato de Castro, 685 – Ponta Negra.

Segundo informações preliminares, no Renascence, os agentes da Polícia Federal levaram todos os carros estacionados na casa de número 109.

Após a deflagração da 1a fase da operação, no último dia 14/10, foi possível identificar que os líderes da organização criminosa se utilizavam de uma empresa de fachada, com o fim específico de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro resultantes do esquema financeiro.

Para tanto, os investigados contaram com a participação de indivíduo apontado como sócio oculto dessa empresa que, embora sem atividade efetiva, possui vasto patrimônio, em especial, veículos de luxo até então não identificados.

De maneira semelhante, foi descoberto que, às vésperas da deflagração da 1ª fase da operação, houve o saque de mais de meio milhão de reais por parte de funcionário da empresa, possivelmente com o objetivo de retirar de circulação valores provenientes do esquema financeiro investigado.

Ao todo, estão sendo cumpridas duas ordens judiciais de busca e apreensão na cidade de Manaus, além da indisponibilidade de bens dos investigados e do sequestro de dois veículos de luxo estimados em R$ 900 mil reais.

Presos

Dois empresários que não tiveram a identidade revelada foram presos no último final de semana. Segundo a PF, um deles foi preso na última sexta-feira (14), em um hotel de Guarulhos (SP) e o outro foi preso na noite de sábado (15) em Curitiba (PR). Apenas um dos investigados ainda está foragido.

“Tentavam dar um ato de legalidade, levavam [as vítimas] em cartório, registravam e prometiam um rendimento fixo e uma bonificação para os servidores que indicavam outras pessoas. […] Mas teve uma hora que não conseguiram mais cumprir os compromissos com os servidores”, informou o delegado Eduardo Zózimo durante entrevista coletiva realizada na última sexta-feira (14).

A PF não revelou nomes dos presos na operação, mas disse que dois “cabeças” da organização criminosa são naturais da cidade de São Gonçalo (RJ). Eles têm entre 24 e 26 anos e usavam o dinheiro dos servidores para comprar carros de luxo, imóveis em condomínios caros, ostentavam relógios e viagens internacionais nas redes sociais.

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