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O senador Eduardo Braga mostrou-se otimista de que até o mês de abril o governo federal autorize a abertura de licitação para asfaltar o trecho do meio da rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. Em entrevista ao vivo para TV A Crítica diretamente de Brasília, nesta terça-feira (18/02), o político afirmou que as obras de reconstrução de três pontes nos trechos fluviais da rodovia – Curaçá, Autaz Mirim e Igapó-Açu – devem ser finalizadas em agosto e dezembro.
“Nós esperamos que até abril seja liberada a licença para que a gente possa licitar em maio e até julho estarmos contratando o resultado desta licitação para o trecho do meio. Nós vamos começar a colocar asfalto, se Deus quiser, agora nesse verão. Não é uma obra que se execute em um ano. Vamos levar pelo menos três ou quatro anos trabalhando para concluir a BR-319”, disse o senador.
Segundo o parlamentar, o licenciamento, pré-requisito para a licitação, deve sair até abril porque os estudos de impacto ambiental e de impacto aos povos indígenas já estão concluídos. “Os estudos de impacto de flora, fauna e de impactos aos povos indígenas estão todos concluídos. O estudo do grupo de trabalho que o presidente Lula montou para analisar a viabilidade da BR-319 também está concluído e publicado, dizendo que sim, é viável”, afirmou Eduardo Braga.
Sobre a reconstrução das três pontes de madeira para concreto nos trechos fluviais da BR-319, o senador Eduardo Braga também adiantou os prazos para finalizar as obras. “As primeiras obras vão ser as das pontes de concreto, três delas já licitadas. A ponte que desabou no Rio Curaçá fica pronta até agosto e a ponte que desabou no Rio Autaz Mirim também fica pronta até agosto. A terceira boa notícia é que até dezembro a gente espera que a ponte do Igapó Açu também esteja construída. A travessia de Manaus para o Careiro da Várzea nós não temos como resolver no curto prazo. Ainda vamos ter que pensar numa ponte sobre o Rio Solimões para poder interligar com a BR-319”, afirmou.
Para Eduardo Braga, não liberar o asfaltamento da rodovia é uma “burrice”. “É uma burrice não licenciar a BR-319. Além da questão humanitária e do desenvolvimento, do ponto de vista econômico também é uma burrice. A gente gasta uma fortuna para poder manter a trafegabilidade da BR e, no ano seguinte, nós temos que gastar de novo uma fortuna porque é destruído pelo inverno. Ou seja, se nós fizermos uma obra de boa qualidade, responsável e com a tecnologia atual, não dá para acreditar que nós não tenhamos condições de governança para monitorar os impactos ambientais ao longo de uma BR. As áreas estão demarcadas, as reservas estão demarcadas, os estudos sobre as reservas estão feitos e os estudos sobre os impactos estão feitos”, disse.
O senador ressaltou que a rodovia é essencial para o país e que o desenvolvimento não pode ser paralisado por uma única voz discordante. “Depois de mais de 20 anos de luta, estudos, debates e de todos os episódios que já aconteceram, está mais do que provado de que a BR-319 é essencial para nossa região. Não é apenas para Manaus, é para o Amazonas, Rondônia e Roraima. É uma BR essencial para a estratégia nacional. Não é justo que pela teimosia de uma pessoa a gente retarde mais uma vez aquilo que não há mais argumento técnico para nos impedir”.