Daniel Ferreira/Metrópoles

Em ano de eleições gerais e com constantes crises entre o governo federal, as Forças Armadas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), políticos prometem estar em peso na posse de Alexandre de Moraes como presidente do tribunal, nesta terça-feira (16/8), numa demonstração de apoio não só ao ministro, mas também ao sistema eleitoral brasileiro. Porém, o evento tem tudo para resultar em uma verdadeira torta de climão. Isso porque o plenário da Corte reunirá no mesmo ambiente os principais concorrentes ao Palácio do Planalto nas eleições que ocorrem em 2 de outubro.

A cerimônia será transmitida ao vivo pelo canal do TSE no YouTube e pela TV Justiça. Acompanhe.

Além dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista Luiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes (PDT), o evento, marcado para as 19 h, em Brasília, reunirá mais dois rivais: os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Dilma Roussef (PT), que sofreu o impeachment em 2016.

Este será o primeiro encontro de Dilma com Temer desde que ela sofreu o impeachment e ele assumiu a Presidência da República. Nos últimos seis anos, os dois nunca se falaram, a não ser em discussões públicas, por meio da imprensa, nas quais Dilma rebateu falas de Temer sobre ela e vice-versa.

Crítico de Moraes, Bolsonaro reuniu-se na semana passada com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e recebeu dele, em mãos, o convite para a posse. O chefe do Executivo federal retribuiu o gesto com uma camisa do Corinthians e prometeu ir à posse.

A assessoria de Lula, candidato do PT à Presidência da República, confirmou nessa segunda-feira (15/8) sua presença na solenidade.

Candidatos

Da mesma forma Simone Tebet (MDB), candidata à Presidência, declarou que vai ao evento. Além dos postulantes ao cargo, todos os ex-presidentes da República foram convidados para a posse, entre eles, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Temer, o responsável pela indicação de Alexandre de Moraes à cadeira na Corte.

A posse ainda contará com todos os ministros do STF: o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, a vice-presidente, Rosa Weber, o decano Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e André Mendonça.

Moraes e Lewandowski foram eleitos para os cargos no TSE no dia 14 de junho. Eles serão responsáveis por conduzir as Eleições Gerais de 2022. Nos últimos seis meses, o TSE foi presidido pelo ministro Edson Fachin.

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