Parintins (Por Jonas Santos ) – O presidente do Caprichoso, Joilto Azedo,voltou a fazer nesta, quinta-feira, duras críticas ao presidente do boi Garantido, Telo Pinto, que venceu o Festival Folclórico de Parintins e sagrou-se bicampeão. Em entrevista nesta manhã ao programa Cartão Amarelo, da Rádio Clube, Azêdo soltou o verbo e voltou a afirmar que Telo “armou” a vitória e que na última noite do Festival, 29, quando a apresentação foi anulada, devido à chuva torrencial, ele (Joilto) já sabia que o Caprichoso tinha sido derrotado. Joilto revelou que no dia do resultado, 30 de junho, saiu da casa dele decidido a rasgar os envelopes de votação dos jurados, antes do início da apuração, na sala de imprensa do Bumbódromo.

“É preciso acabar com essa putaria”, disse o presidente do azul. “Eu sai de casa decidido a rasgar os documentos na hora que me mostrassem os envelopes. Eu sei que eu poderia ser preso, mas eu saí decidido a fazer. Eu saí decidido a chutar o pau da barraca e só mudei na hora por causa de um telefonema da minha esposa”, afirmou Joilto, em entrevista a Enéas Gonçalves, na Rádio. O Garantido venceu o festival com 838 pontos contra 823,5 do Caprichoso. Uma diferença de 14,5. A terceira maior da história do festival favorável ao boi da Baixa do São José.

“Nós temos também fiscais lá dentro. Na noite que não teve disputa eu já sabia que nós já tinhamos perdido o festival. Hoje eu sei que existe patifaria no resultado, nos bastidores. E o Garantido também sabe. O Garantido também tem que falar”, falou em tom de desafio ao presidente do Garantido, Telo Pinto. O presidente do Caprichoso informou que ainda este mês enviará ofício ao governador José Melo, ao secretário de Cultura do Estado, Robério Braga, ao Ministério Público Estadual propondo mudança urgente no regulamento do Festival. “É um regulamento fajuto”, desabafou.

Azêdo evidenciou que uma das sugestões do Caprichoso será propor que os bois não escolham mais os jurados do festival e que uma pessoa, ou um grupo neutro possa escolher os julgadores. “Não são os bois que têm que cuida disso. Tem que ser uma pessoa neutra”, argumentou. Em 2006 (gestão Carmona Filho) , também como proposta de fiscais do azul, aceita pelo Garantido, a organização do festival convidou a empresa de auditoria Independente BDO Trevisan para escolher os jurados. Mas três anos depois o próprio Caprichoso pedia a saída da Trevisan alegando também suspeição na vitória do Garantido e a escolha voltou para as mãos dos bois, como acontece ainda hoje.

Sobre o resultado o presidente do Caprichoso assumiu a culpa pela derrota. “A culpa é minha” disse. “Talvez seja por que não fiquei o tempo todo a frente do boi. Talvez porque não tenha agido com pulso suficiente e talvez porque acreditei muito nas pessoas tanto do nosso boi Caprichoso quanto do outro boi(Garantido)", comentou o presidente.

Para Joilto o Caprichoso foi melhor que o Garantido, mas que o touro negro pecou por não emocionar. “ O Caprichoso não foi um boi emocionante”, afirmou. Nas duas noites do Festival a imprensa que cobria a festa dava como certa a vitória do Garantido.

Telo diz que Garantido massacrou o azul

O presidente do Garantido, Telo Pinto, disse que não vai aceitar que Joilto Azêdo tente desclassificar a vitória do vermelho e branco e segundo ele, com declarações infundadas tente macular a imagem do Festival. “O Garantido venceu por mérito. Fomos infinitamente superior ao contrário. É a opinião de todos, da imprensa, do próprios torcedores deles e dos jurados. A olhos vistos foi um massacre do Garantido. Não vou aceitar que ele tente desqualificar esse bicampeonato”, protestou.

“Um fiscal do contrário invadiu na primeira noite a casa dos jurados e pediu que eles cumprissem o regulamento. Pediu que cumprissem com uma proposta que foi do próprio contrário, de incluir a punição dos fogos no regulamento. E os jurados cumpriram”, completou Pinto. O Caprichoso foi punido com a perda de quatro pontos por não apresentar ao Corpo de Bombeiros o planejamento de segurança de soltura dos fogos de artifícios.

“ O que o Joilto precisa é rever seus conceitos, rever sua concepção artística e não procurar no Garantido a culpa pela sua derrota. Perder também faz parte de uma disputa. E no próximo ano que ele se prepare de novo para pegar outra “lapada””, finalizou o presidente do Garantido, que em coletiva já havia chamado a agremiação de “boi fraco”.

Deamazonia

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