A procuradora-geral de Justiça do Amazonas, promotora Leda Mara Albuquerque, criticou a decisão liminar do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu investigações com a utilização dos dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e de outros órgãos de controle, sem decisão judicial.

Leda classificou como retrocesso afirmando que um número grande de investigações tiveram que ser paralisadas.

As estatísticas do Ministério Público do Amazonas dão conta que 60% dos trabalhos serão prejudicados.

“São investigações contra o crime organizado, uma realidade assustadora hoje no Estado do Amazonas. Quando eu falo em crime organizado, eu não falo só no combate à corrupção, no combate aos grupos organizados que atuam nessa frente, mas eu falo também do tráfico de drogas”, disse.

A procuradora-geral afirmou que o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), tem investigações importantes iniciadas através de documentos encaminhados pelo Banco Central, pelo Coaf e que sofrerão solução de continuidade.

“Lamentavelmente uma decisão equivocada do presidente do Supremo Tribunal Federal”.

A pedido do senador Flávio Bolsonaro, o ministro Dias Toffoli suspendeu todos os processos que tratam do envio de informações do Coaf ao MP, já que o assunto teve a repercussão geral reconhecida e manter as investigações pode resultar em anulações. (Com o AmEmPauta)

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