A designer Andrezza Lorena de Lima Joel, de 24 anos, acabou sendo pivô de uma operação da Polícia Federal (PF) na semana passada, que teve como alvo um esquema de lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas, conectado a cartéis de drogas mexicanos.

Andrezza é dona de uma loja de biquínis no Guarujá, litoral de São Paulo, e segunda mulher do traficante Ronald Roland. A jovem acabou revelando o paradeiro do companheiro para a polícia quando compartilhou a localização do casal nas redes sociais. Ele e outras sete pessoas foram presos na operação.

Em 2019, Ronald foi preso de forma parecida, depois que sua mulher na época marcou a localização dele na internet, de acordo com matéria do Fantástico do último domingo (7/7).

Ostentação nas redes

Andrezza usava suas redes sociais para ostentar viagens que fazia com o companheiro. Ela exibia o histórico de viagens do criminoso para locais como Paris, Dubai, Maldivas e Colômbia.

Essa operação da PF aconteceu em sete estados, com a apreensão de dinheiro, joias, armas, 34 carros, um barco e dois aviões.

Os investigadores da PF suspeitam que a Andrezza Biquínis, loja da designer, também era usada para lavagem de dinheiro e recebeu cerca de R$ 200 mil em depósitos fracionados, que é uma maneira de não chamar atenção das autoridades para a grande quantidade de dinheiro. A empresa chegou a comprar um jato de R$ 3 milhões.

No site da loja diz que a empresa foi fundada em 2017, e que os biquínis vendidos são de uma marca caiçara com design diferenciado, com uma pegada “handmade”, ou feito a mão, em inglês.

A reportagem entrou em contato com a Andrezza Biquínis, que continua em funcionamento, e aguarda um retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

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