Joilson Souza

Joilson Souza

Na charmosa vila de Novo Remanso, onde o sol brinca com as sombras das mangueiras e o cheiro do abacaxi na terra molhada vivi um menino especial chamado Raimundo Feitoza.
Raimundinho é um garoto cheio de luz — inteligente, carismático e com um coração enorme. Ele adora correr pelos campos da fazenda de seus pais, Lena e Lincoln, ao lado de sua irmã mais velha Luna, que é veterinária, e de seus primos e primas. Gosta de sentir o vento no rosto e de observar cada detalhe da natureza: o zumbido das abelhas, o balanço das folhas, o ritmo das formigas carregando suas folhinhas.

Mas Raimundo também tem seu jeitinho único de ver o mundo. Às vezes, ele se perde em seus pensamentos, como se estivesse em um universo só dele. Outras vezes, os sons altos o incomodavam, e ele prefere ficar quietinho em seu cantinho, lendo ou desenhando.
Na escola Petrônio, ele é um aluno dedicado, participa de concursos de poesia, como apresentador do evento e ajuda nos projetos da turma. Suas palavras são cheias de sensibilidade, e todos admiram sua maneira especial de expressar o que sente.

Na catequese, onde é um católico atuante, Raimundo faz perguntas profundas sobre Deus e o amor ao próximo. Os catequistas e colegas gostam de ouvi-lo, porque ele vê as coisas de um jeito diferente com pureza e verdade.

Raimundo gosta se participar de tudo, um dia, durante uma palestra na escola sobre respeito às diferenças, enquanto a professora Glorete palestrava, Raimundo foi no palco e, com sua voz tranquila, recitou uma poesia de sua própria autoria

E completou:

— “Cada um de nós é como uma cor diferente no arco-íris. Se todas fossem iguais, não seria tão bonito, né?”

A plateia sorriu, e algumas crianças começaram a perceber que o mundo é mais interessante justamente porque cada um tem seu jeito especial de ser.

E assim, Raimundo Feitoza, com seu coração cheio de bondade e sua maneira única de enxergar a vida, mostrou a todos que ser diferente é ser incrível.

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