A presidente do Tribunal de Contas do Amazonas, conselheira Yara Lins, admitiu uma representação do Ministério Público de Contas contra a contratação do cantor Amado Batista para a 7ª edição da Expoipixuna, evento organizado pela prefeitura de Ipixuna. A representação questiona o valor de R$ 500 mil pago pelo show, agendado para ocorrer entre 30 de agosto e 1º de setembro deste ano, considerando a contratação como “despesa ilegítima e juridicamente intolerável”.

A representação, assinada pelo procurador Ruy Marcelo e publicada no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas na última terça-feira (9), destaca a escolha da empresa Jean L. da Silva – ME para intermediar a contratação do artista, através de um processo de Inexigibilidade de Licitação, prática que levanta questionamentos sobre sua legalidade e pertinência, especialmente por não se tratar da empresa do cantor, mas de uma empresa regional.

Além das questões legais e contratuais, a representação enfatiza a falta de prioridade da prefeita Maria Oliveira (PSDB) em direcionar recursos para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas e seus impactos, como as enchentes e vazantes que afetam a região. A ação sugere uma negligência da gestão municipal em face das necessidades urgentes da população, especialmente em um contexto de crise climática.

A prefeitura de Ipixuna e a equipe de Amado Batista não se manifestaram até o momento sobre as alegações. A admissão da representação pelo Tribunal de Contas do Amazonas marca o início de uma investigação que pode redefinir as prioridades de gastos públicos na região, especialmente em tempos de crise ambiental e econômica.

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