O presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), afirmou ontem que, caso o partido não oficialize apoio à candidatura à reeleição de Dilma Rousseff, a legenda deixará os cargos no governo. "Se não ficar com Dilma tem que entregar o cargo. Entrega naturalmente", afirmou Nascimento em entrevista aos jornalistas que acompanham a convenção nacional do PR, realizada em Brasília. Atualmente, o partido ocupa o ministério dos Transportes, comandado por César Borges, que não está presente no encontro do PR.
Membro da base aliada do governo no Congresso e no comando do Ministério dos Transportes nas mãos do baiano César Borges (PR), a legenda decidiu ontem que a definição sobre que candidatura apoiar para a Presidência da República ficará com a executiva nacional da legenda. O colegiado composto por 23 integrantes deve anunciar a decisão até o próximo dia 30. Na convenção nacional, realizada em Brasília, os membros da sigla se dividiram entre o lançamento de candidatura própria do senador Magno Malta (ES) ou o apoio a um dos três principais candidatos: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) ou Eduardo Campos (PSB).
Os delegados que participaram do encontro optaram por rejeitar a candidatura de Malta, que recebeu apenas 16 votos. Caso a agremiação decida não apoiar a reeleição de Dilma, deverá, segundo o presidente nacional Alfredo Nascimento, deixar a pasta dos Transportes.
Devido a esse racha, a tendência é que os convencionais deleguem à Executiva Nacional uma decisão final sobre a composição da aliança presidencial. "Na convenção de hoje foram colocadas apenas duas propostas: a candidatura presidencial do senador Magno Malta e uma proposta de levar essa decisão para a Executiva do partido", explicou Alfredo Nascimento.
O resultado deve ser divulgado no dia de hoje. A tendência é que prevaleça a tese de adiamento. Isso ocorrendo, a Executiva Nacional do PR deve se reunir no próximo dia 30, prazo limite para definição das chapas da próxima eleição.