A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) lançou, na manhã de quarta-feira (25/11), no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), o projeto “Agente Promotor de Saúde”. Ele é fruto de uma parceria com a empresa cogestora RH Multi e tem como objetivo utilizar internos da unidade prisional como auxiliares da equipe de saúde dentro dos pavilhões.

A implantação do projeto foi possível após uma seleção criteriosa de 10 reeducandos, que passaram por uma capacitação envolvendo aulas práticas e teóricas sobre o papel do agente promotor de saúde na unidade, automedicação, diagnóstico de doenças infecciosas e primeiros-socorros, além da aplicação de provas diárias e dinâmicas para memorização do conteúdo ensinado. No total, o curso contou com uma carga horária de 120 horas e certificação aos reeducandos participantes.

Familiares dos reeducandos que irão atuar no projeto também participaram da cerimônia. Eles tiveram a oportunidade de entregar o certificado ao seu ente e acompanhar de perto mais um passo rumo à ressocialização.

De acordo com o diretor do Ipat, Márcio Pinho, a implantação do projeto significa ampliar o atendimento da equipe de saúde a um número maior de internos. “Com a implantação desse projeto, teremos a oportunidade de otimizar os atendimentos aqui na unidade. Agora, esses reeducandos vão poder auxiliar nossa equipe de saúde, ampliando o alcance dela para todos os internos”, afirmou.

A coordenadora de Saúde do Sistema Penitenciário (CSSPAM), da Seap, Alyne Botelho, parabenizou os novos reeducandos integrantes da equipe de saúde. “O início desse projeto é de suma importância para a saúde do sistema prisional do amazonas. Esta é uma política nacional que visa um maior alcance e efetividade na assistência à saúde da população carcerária e esse é apenas um começo, esses são os nossos novos trabalhadores da equipe de saúde e eu parabenizo a todos”.

Para o reeducando Carlos (nome fictício), a importância de participar do projeto está em poder contribuir na identificação precoce de patologias e doenças mais graves. “O curso foi de grande importância para todos os formandos porque dessa forma nós poderemos identificar o que nossos companheiros estão sentindo, de maneira precoce e poder ajudá-los”, disse.

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