A Secretaria Municipal de Educação (Semed) tem formado educadores para atender alunos com deficiência física, por meio de palestras de capacitação e outras ações, que compõe a Formação “Sensibilizar para Incluir”. A iniciativa, do Complexo Municipal de Educação Especial (CMEE) André Vidal de Araújo, trabalha a conscientização e esclarece dúvidas de professores, pedagogos e equipe administrativa das escolas da rede municipal sobre temas como deficiência física, direitos e deveres.

Na manhã desta quinta-feira, 22, a fisioterapeuta Silvia Borges e a psicopedagoga Rosane Xavier, que fazem parte do “Sensibilizar para Incluir” realizaram palestra na Escola Municipal Maria Madalena Corrêa, na Vila da Prata, zona Oeste, e conversaram com os educadores. Segundo Silvia Borges, que realiza trabalhos com crianças portadoras de deficiências físicas no CMEE, os professores ainda têm muito receio sobre aceitar crianças com algum tipo de deficiência em sala de aula.

“Nós entendemos, primeiramente, que os professores devem receber uma preparação, porque não são todos que têm a capacidade de trabalhar com crianças especiais. Não se pode mandar uma criança para sala de aula com outras 20, pois ela não vai receber o acompanhamento necessário e nem a evolução esperada. Mas essa formação que preparamos para passar para os professores visa quebrar um preconceito. Nós tentamos desmitificar essa ideia de que, um autista ou um deficiente físico, não possa participar da mesma aula e das mesmas atividades com os outros alunos”, explicou.

Esclarecer os direitos e deveres dos educadores também é trabalhado na formação. A psicopedagoga Rosane Xavier explicou que essa parte é fundamental, por isso as palestras começam com a legislação. “Começamos explicando que eles devem conhecer a legislação, saber o que podem fazer de acordo com a lei. Dentro disso, trabalhamos a inclusão social e a importância da participação de deficientes físicos na escola. Esclarecemos, também, as necessidades das crianças que eles podem vir a trabalhar, como o autismo, a síndrome de down, deficiência auditiva e os superdotados. Buscamos fazer com que os profissionais tenham menor resistência a esse tipo de trabalho”, informou.

A professora Eneida Xavier, que participou da formação, informou que já teve a experiência de trabalhar com uma criança com autismo, mas reforçou que os profissionais precisam de uma melhor capacitação. “Tentamos colocar uma criança autista na sala de aula, mas acabou sendo até traumatizante para ela. Percebi que não estava preparada para lidar com essa situação, por isso corri atrás de conhecimento. Essa formação que estamos recebendo é muito boa, muito importante, principalmente pela troca de conhecimento”, relatou a professora.

A Formação Sensibilizar cumpre um calendário estabelecido pelo CMEE e deve contemplar todas as escolas da Semed.

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