Reza a lenda que todo político é igual. Mas será mesmo? Você concorda? Por que o povo pensa assim? Qual a culpa dos políticos? Será culpa exclusivamente dos políticos? Por que os políticos são tão diferentes dos eleitores? Por que o cidadão repete isso? O que pensam os estudantes a respeito? Será que eles concordam com a maioria, com o senso comum? E o que pensam os políticos profissionais? O que eles dizem? É sobre essa questão que trata o meu artigo dessa semana. Boa leitura! 

Em primeiro lugar, entrevistei o estudante Benicio Pacheco, 13 anos, que estuda a 8ª Série do Ensino Fundamental. Diz ele: “Nem todos os políticos são iguais, isso porque tem político que é sempre muito ganancioso, só pensa nele, nos interesses particulares e tem aqueles que não, que pensa mais no coletivo. No entanto, os políticos mais humildes, aqueles de bom caráter, que não querem se corromper, se não souberem se controlar são facilmente cooptados pelo lado podre da política”. 

O também estudante Luís Philipe, 17 anos, que estuda o 3º Ano do Ensino Médio, pensa parecido, que nem todo político é igual. Diz ele: “Quem acha que todo político é igual certamente não tem conhecimento total sobre política. Do ponto de vista da maioria das pessoas todo político é corrupto, por isso “todo político é igual”. Para acabar com essa visão errônea, antes de jugarmos, devemos olhar o passado de cada político, pesquisar, o que ele fez de diferente, e só assim vemos a mudança”. 

Para a psicóloga Giane Brito, “Nem todo político é igual. Existem aqueles políticos que não compactuam com a imoralidade, com o roubo, com a corrupção. Quando o político tem valor, tem ética, quando o dinheiro não está acima do que ele se propõe a fazer, ele não se vende, ele não se corrompe, e é por essas pessoas, é por esses candidatos, que a gente deve lutar, precisa valorizar, e são esses os candidatos que a gente precisa eleger. Precisamos votar em candidatos Ficha Limpa”.  

O pastor Vandelan Paulo, também vai nessa mesma direção. “Definitivamente nem todo político é igual. Primeiro que eu tenho certeza de que as pessoas têm visões diferentes. Eu, enquanto pastor, também faço política dentro da minha igreja, dentro do meu projeto, só que uma política saudável, uma política que visa o bem comum. Agora, infelizmente, eu vejo que tem gente que faz política por interesse próprio. Tem pessoas que são construídas politicamente para atender demandas ou de poderosos, ou de classes. Mas tem aquelas pessoas que faz política pensando no bem comum de verdade. Nós lutamos para atender a necessidade do povo, da sociedade e essa necessidade não tem cor, raça, religião e nem partido político”.  

Para o ex-vereador Professor Bibiano Garcia, candidato a Deputado Estadual, afirma que “Certamente não. Nem todo político é igual. Existe uma concepção daquele político que a sociedade concebeu como “político tradicional” no campo negativo, mas há pessoas que querem estar na política justamente porque se percebem como cidadão, como pessoas que acreditam que tudo pode ser melhor, um mundo mais justo, um mundo de solidariedade, um mundo de paz. E essas pessoas querem levar essa sua dinâmica para dentro do campo político, para que verdadeiramente essa política seja gestada de tal forma que ela possa promover o bem comum. Na minha concepção esse é o sentido da política, é você defender o bem comum. Por que nem todo político é igual? Porque alguns, claro, só pensam em si e essas pessoas acabam trazendo e fazendo um mal terrível para o povo, outras pessoas não, outras pessoas entendem que o sentido da vida e a sua felicidade é servir e fazer o bem”. 

O ex-deputado estatual Luiz Castro, candidato ao Senado Federal, explica que: “Penso que os políticos não são iguais, pois trazem o contributo individual diferenciado de cada personalidade, talentos pessoais, formação cultural, experiência de vida, princípios e valores, além da expressão de cada espiritualidade. Do ponto de vista objetivo, de atuação pública, na minha opinião há os que advogam primeiramente em causa própria e depois pela sociedade e aqueles que colocam prioridade efetiva nas causas da coletividade. Os primeiros costumam usar a política como mero instrumento de poder e/ou de enriquecimento material, com uma visão carreirista ou empresarial da política. Os outros são os que entendem e praticam a Política como um serviço à sociedade, colocando sua energia de trabalho em função dos interesses coletivos, o bem comum e a honestidade de propósitos de justiça e de fraternidade”. 

Por fim, na história recente da política brasileira, em especial da política amazonense, temos vários políticos que se destacam como exemplo de virtude, caráter e espírito público. Não cabe aqui citar nomes. Basta o cidadão pesquisar a vida pregressa dos candidatos e comparar com o que ele defende, com suas propostas. São os políticos Ficha Limpa que o eleitor deve eleger nesse ano, no próximo pleito, para que o Brasil e o Amazonas continuem avançando, e o povo aprenda, de uma vez por todas, que nem todo político é igual.  

Luís Lemos é filósofo, professor universitário e escritor, autor, entre outras obras, de Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente, Editora Viseu, 2021.  

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