O Boi Bumbá Garantido traz esse ano para a arena do bumbodromo uma nova proposta cênico coreográfica. O maior grupo de dança do vermelho e branco é formado por brincantes de Parintins, o conhecido tribão, e a ideia é mostrar uma dança mais “pé no chão”, como aponta o coreógrafo Élio Siqueira.

Os coreógrafos  comemoram o sucesso alcançado nas noites de ensaios técnicos, mas mantem os trabalhos intensos para as três noites do Festival Folcórico de Parintins 2017. Élio conta que esse ano o bumbá vai apresentar uma dança mais tradicionalmente indígena. “O Garantido vem mais tribal”, adianta o dançarino que está no boi a quase 30 anos, 20 como coreógrafo. A esposa de Élio, Carla Santos, também faz coreografias e participa das criações de palco e arena.

No festival, o Garantido vai contar com cerca de 600 pessoas em momentos como ritual, celebração folclórica, figura típica, lenda e tribos. O maior contigente de brincantes é de Parintins, mas o boi realiza parcerias com grupos de dança de Manaus (Wankô Kaçawere, Garantido Show e grupo Somos o Show), Maués (Porantin), Santarém (Festa do Carimbó), Presidente Figueiredo (Ágata), Óbidos (quadrilha), Macapá (Amigos da Toada), Vila Amazônia e Mocambo.

O coreografo Rondineli Batista, que fez sucesso  ano passado com a dança dos “Macacos Vermelhos”, aprova as parcerias, mas destaca que o tribão deve ser de Parintins. “Aprovamos a ideia do presidente de voltar as tribos para Parintins. A Cidade Garantido fica mais movimentada e mais acolhedora”, acredita.

“As pessoas estavam ansiosas para que as tribos voltassem a ser de Parintins”, revela o coreógrafo Pedro Evangelista. Ele esta no boi desde 1992 e faz parte do grupo de dançarinos que iniciou o  Garantido Show e agora é uma das cabeças pensantes do Garantido na área cênico coreográfica. Pedro conta que os ensaios para 2017 já chegam a mais de dois meses, porém, os trabalhos de formatação das coreografias acontecem desde novembro do ano passado. O bumbá prepara uma apresentação dinâmica, quando a dança será peça importante e expressiva no espetáculo vermelho e branco.

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