RIO DE JANEIRO – O Grêmio foi expulso da Copa do Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quarta-feira por injúria racial e manifestações racistas de seus torcedores em partida contra o Santos, há uma semana. A decisão foi unânime e é inédita no futebol brasileiro.

"Se é uma decisão história eu não sei, mas espero que a decisão tenha um caráter pedagógico para o futebol brasileiro. O que nós queremos é inibir novas práticas racistas nos estádios. Esse tipo de problema tem que ser cortado na carne e logo no início para afastar esse tipo de mal", disse a jornalistas Francisco Peçanha, relator do caso.

Torcedores do time gaúcho chamaram o goleiro Aranha, do Santos, de macaco e imitaram sons emitidos por macacos na arena do clube, na última quinta-feira. A partida chegou a ser interrompida pelo goleiro alvo das manifestações.

O STJD decidiu em primeira instância banir o Grêmio da competição, aplicar uma multa de 50 mil reais e proibir os torcedores identificados pelas autoridades de ir a estádios por dois anos.

O árbitro da partida, Wilton Pereira Sampaio, que foi alertado pelos jogadores do Santos que a torcida estava insultando o goleiro, também foi punido com uma suspensão total de 90 dias. As penas ainda são passíveis de recurso.

Esse não foi o primeiro caso de racismo no Brasil. Campanhas têm sido feitas nos estádios, com apoio de clubes, atletas e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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