O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta segunda-feira o juiz conservador Brett Kavanaugh para a vaga aberta na Suprema Corte do país após a aposentadoria do moderado Anthony Kennedy.

Kavanaugh é juiz do Tribunal de Apelações do Circuito do Distrito de Columbia, em Washington, e é conhecido por sua ligação com os governos dos ex-presidentes George W. Bush e George H. W. Bush.

“Não há ninguém nos Estados Unidos mais qualificado para esta posição”, afirmou Trump sobre seu escolhido, que venceu outros 24 candidatos de uma lista divulgada pela própria Casa Branca.

Trump enfatizou as credenciais “impecáveis” de Kavanaugh, que conta com dois títulos da prestigiada Universidade de Yale e desempenhou diferentes funções nos governos Bush.

“É considerado um juiz dos juízes, um brilhante jurista com uma das melhores mentes legais e agudas do nosso tempo”, disse o presidente.

Durante o início de seu discurso, Trump fez referência ao conceito de “originalista”, que se diz dos juízes que interpretam a Constituição como se compreendia quando foi escrita inicialmente, no final do século XVIII.

No entanto, este termo tinha sido associado mais a outros dos magistrados favoritos e não tanto a Kavanaugh, que recebeu críticas da ala mais dura dos republicanos, entre eles o senador Ted Cruz.

Trump também teve palavras para Kennedy, de quem louvou sua “devoção” no posto de juiz do Tribunal Supremo, onde em algumas ocasiões assumiu um papel moderado votando com seus colegas progressistas em diferentes casos.

Trata-se do segundo juiz eleito pelo presidente para o Supremo depois que em 2017 escolheu Neil Gorsuch para substituir o falecido Antonin Scalia, uma decisão que tinha se transformado em cavalo de batalha da campanha presidencial de 2016.

Após a apresentação de Trump, Kavanaugh subiu ao palco com suas duas filhas e esposa, que o acompanharam durante seu discurso de indicação.

“Se for confirmado pelo Senado, manterei uma mente aberta em cada caso e sempre buscarei preservar a Constituição dos EUA e a legalidade”, prometeu Kavanaugh.

“Um juiz deve ser independente, deve interpretar a lei, não fabricar a lei, e atuar guiado pela história, tradição e pelos precedentes”, ressaltou o indicado ao Supremo americano.

Kavanaugh deverá passar agora pela confirmação do Senado, onde os republicanos têm uma leve maioria, para se tornar o substituto de Kennedy e dar uma previsível guinada mais conservadora ao órgão sala. (Agência EFE)

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