Com o desligamento do Líder do PSDB no Senado Federal, senador Izalci Lucas (DF), a sigla partidária será representada tão somente pelo solitário senador amazonense, Plínio Valério – o último dos “moicanos”.

Agora, o PSDB de Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas e tantos outros que por lá se aterrissaram no ninho tucano, como Arthur Neto, por exemplo, passará a dividir o título de menor bancada partidária do Senado com o Novo.

Último tucano no Senado, Plínio Valério afirmou ao g1 que continuará filiado ao PSDB. Ele é o responsável pelo diretório estadual do partido no Amazonas.

Segundo o senador, diversos partidos já apresentaram convites para que ele deixe o tucanato. Membros do PSDB avaliam que ele pode deixar o partido, mas que uma eventual decisão só deverá ser tomada depois das eleições municipais deste ano.

Parlamentares do partido no Congresso avaliam que a míngua no Senado é um reflexo da crise enfrentada pelo partido nos últimos anos, com um racha ideológico e a saída de nomes históricos, como o atual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

De acordo com o G1, o PSDB, que chegou a ocupar consistentemente a terceira posição no ranking de partidos da Casa, tem assistido à redução de seu poder ao mesmo tempo em que amarga resultados colhidos nas eleições de 2022 – a pior de todas para o partido desde 1990.

Os tucanos abriram 2023 com quatro senadores, nenhum eleito em 2022. Até então, esta já era a menor bancada do partido desde 1994.

Nos meses seguintes ao pleito, o PSDB perdeu dois representantes: Alessandro Vieira (SE), que migrou pro MDB; e Mara Gabrilli (SP), que escolheu o PSD como nova casa.

O maior sinal da tormenta do PSDB no Senado veio em setembro passado. Sem ter direito às mordomias de lideranças, o partido foi “despejado” do espaço que ocupava havia décadas no edifício principal da Casa. Quase duas dezenas de pessoas estavam lotadas no gabinete.

Bem localizado e próximo à Presidência e ao plenário da Casa, o espaço da liderança dos tucanos chegou a ser disputado por outros partidos.

De lá para cá, foram somente retiradas a placa e o adesivo na porta de vidro que indicavam a função do local, que ainda segue vazio.

Sem candidato ao Planalto pela primeira vez desde 1989, os tucanos tiveram o pior resultado de sua história nas eleições gerais.

Não conseguiram eleger senadores, conquistaram somente três governadores e perderam o comando do estado de São Paulo, que estava nas mãos do partido há quase três décadas.

Na Câmara, a legenda, que chegou a ter 99 deputados, alcançou a sua menor bancada na história: 13. Nas últimas semanas, porém, perdeu um: Carlos Sampaio (SP), que foi para o PSD.

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