Arnold Schwarzenegger revelou nesta semana que colocou um marca-passo. A cirurgia no coração já é a quarta do ator, que tem válvula aórtica bicúspide, uma condição congênita que causa alteração no fluxo sanguíneo.

Arthur Pipolo, cardiologista e coordenador de cardiologia do Hospital MaterDei Premium Goiânia, explica que o sopro cardíaco pode ser o primeiro sinal de válvula aórtica bicúspide. “Pode ser percebido pelo cardiologista durante o exame físico  através de um estetoscópio. O diagnóstico é então confirmado a seguir por um ecocardiograma”, esclarece.

“Crianças e jovens podem ter uma vida normal, mas algumas condições podem aparecer ao longo do tempo. Os sintomas específicos dependem das complicações que se desenvolvem, a pessoa pode se cansar facilmente, sentir falta de ar, desmaiar, sentir alterações nos batimentos cardíacos (palpitações) e ter dor no peito”, pontua o médico. 

A condição pode apresentar as complicações como refluxos ou estenose, segundo Obdúlia Camacho, cardiologista da rede de saúde dr.consulta. Para evitar isso, a profissional indicada o acompanhamento do funcionamento do coração por meio da realização anual de ecocardiograma e outros exames, tanto clínicos como bioquímico, para averiguação da pressão arterial ou de fatores bioquímicos como diabetes, colesterol, triglicérides, tiroides, ácido úrico, que podem colocar em risco a saúde cardíaca. 

O tratamento é indicado conforme o grau da condição. “Em caso de estenose aórtica ou insuficiência aórtica importante, o tratamento intervencionista pode ser por meio de um procedimento hemodinâmico ou um procedimento cirúrgico”, informa a Obdúlia.

Arthur explica que o marca-passo se faz necessário em casos de arritmias cardíacas mais graves. O dispositivo eletrônico age substituindo o estímulo natural do ritmo do coração. “O aparelho é cirurgicamente implantado sob a pele e conecta-se ao coração por meio de fios (eletrodos) inseridos por uma veia. Ele envia um sinal elétrico, organizando o ritmo cardíaco”, detalha. 

“Os marca-passos modernos conseguem captar a frequência e o ritmo cardíaco da pessoa e enviam um sinal de ritmo apenas quando necessário. Os marca-passos são programados fora do corpo e os médicos conseguem mudar a forma como respondem e interagem com o músculo cardíaco”, complementa.

Embora seja um tratamento, o marca-passo não é vitalício, e pode durar de 10 a 15 anos. Por isso, também, é importante o acompanhamento cardiológico com frequência. Pacientes com o dispositivo ainda são orientados a praticar atividade física, especialmente aeróbica e musculação.

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