A Escola de Aperfeiçoamento do Servidor (Eastjam) e o Subcomitê de Logística Sustentável do Tribunal de Justiça do Amazonas estão lançando a cartilha “Consumo e Produção Sustentável’, um convite à sensibilização do público às informações; estatísticas; curiosidades; dicas e alternativas para minimização dos impactos ambientais referentes a assuntos relacionados aos dois temas. A publicação, em formato digital, começou a ser disponibilizada na última semana, por capítulos, nos canais de comunicação do TJAM.

“O material faz parte das ações de educação ambiental da Escola do Servidor, em atendimento às orientações do Subcomitê de Logística Sustentável do TJAM. Neste ano serão cinco publicações, com o temas ‘Água’, ‘Ar’, ‘Florestas’, ‘Energia’ e ‘Alimentos’. Queremos incentivar o interesse pela discussão de assuntos importantes sobre sustentabilidade, que podem trazer ganhos pessoais e institucionais”, explicou a diretora da Eastjam, Wiulla Inácia Garcia.

Wiulla explica que material está sendo publicado nos canais do TJAM, em formato seriado, com tópicos para leitura e interação em meio digital; acompanhamento de problemas ambientais em tempo real e dicas de conteúdos audiovisuais para quem deseja entender um pouco mais sobre assuntos específicos.

O projeto também possibilita o uso de ferramentas para autoavaliação e mudanças de rotina na busca por hábitos de consumo mais sustentáveis e de relacionamento com os temas “Água”; “Ar”; “Energia”; “Alimentos”; “Florestas”; “Bens de consumo” e “Resíduos” (com ênfase em plástico, papel, eletrônicos e material orgânico).

Educação ambiental

Com projeto visual do designer e programador visual do TJAM Marcelo Vitor Oliveira dos Santos, a cartilha buscou envolver o usuário pela harmonia das cores que causam sensação de bem-estar. No conteúdo, a publicação foi toda orientada pela doutoranda do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Caroline Schmaedecks.

Caroline explica que os problemas ambientais estão cada vez mais evidentes, mais palpáveis, diferentemente de uma década atrás, quando assuntos, como mudanças climáticas, eram restritos ao âmbito científico. A pesquisadora alerta para a necessidade de ferramentas, a exemplo da cartilha, para o envolvimento das pessoas com o assunto. “Por mais que haja maior acesso à informação, continuamos nos sentindo distantes dessas questões. Isso é histórico, há muito tempo que a humanidade não se percebe como parte da natureza. É aí que entra a educação ambiental, que faz o chamado dos indivíduos para a responsabilidade. Para mudanças efetivas, esses processos de educação não podem ficar restritos aos ambientes tradicionais de conhecimento, como escolas e universidades, devem ser ampliados para a sociedade como um todo, incorporados por todos os setores, sejam públicos ou privados”, afirma a doutoranda do Inpa.

Segundo Caroline Schmaedecks, para mudanças efetivas é necessário que os temas ambientais sejam tratados com profundidade e não de forma superficial. “É importante que as instituições façam sua parte e tomem para si o desafio de compartilhar informações como essas com seus colaboradores, promovendo ações educativas de forma contínua, responsável e criativa. O grande desafio é fazer com que as pessoas se apropriem do pensamento ambiental, de tal forma que o torne comum em sua rotina, e não um esforço ou obrigação”, frisou a pesquisdora.

Ela ressalta que, quando ações sustentáveis se tornam um hábito, passamos a inspirar outras pessoas através do exemplo, e assim a sociedade vai evoluindo como um todo. “Usar uma hora a menos de ar-condicionado a cada dia não vai mudar a matriz energética da noite pro dia, mas somos quase 8 bilhões de pessoas no mundo, basta fazer as contas. Nossas escolhas diárias têm sim um grande impacto ao meio ambiente, para o bem ou para o mal”, acrescentou Caroline.

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