O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), destacou, nesta terça-feira (29/6), o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação às acusações dos irmãos Miranda sobre o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse, em depoimento à CPI da Covid na última sexta-feira (25/6), que, ao alertar o presidente Bolsonaro sobre suspeitas de irregularidades nas negociações da vacina Covaxin, ele teria citado o envolvimento de Barros no caso. Barros negou envolvimento no caso.

Calheiros afirmou que “já se passaram 4 dias e o presidente não desmente os irmãos Miranda”. “Continua, assim, a destruir o líder de seu governo e arrasá-lo com suspeição. Por que o presidente não fala sobre o que falou sobre Ricardo Barros?”, escreveu.

A Covaxin é produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech e a empresa Precisa Medicamentos seria a intermediária entre o laboratório e o Ministério da Saúde.

O sócio da Precisa, Francisco Maximiano, é também sócio da Global Gestão em Saúde, que responde a processo no Ministério Público Federal (MPF), com Barros. A empresa recebeu, quando Barros era ministro da Saúde, cerca de R$ 20 milhões por medicamentos para doenças raras e não os entregou.

Barros deve ser convocado pela CPI da Covid nesta quarta-feira (30/6). Maximiano, todavia, deve prestar depoimento na próxima quinta-feira (1°/7). Ele não compareceu ao depoimento na marcado na última quarta-feira (23/6), alegando que estava em quarentena por causa da Covid-19, após retornar da Índia.

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