O desempenho comercial do Amazonas em outubro de 2024 alcançou US$ 1,43 bilhão na Corrente de Comércio, resultado da soma entre exportações e importações. Apesar de um déficit de US$ 1,32 bilhão, os números refletem a relevância das transações internacionais para a economia local. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (21) pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
As exportações somaram US$ 56,42 milhões, com destaque para a Alemanha, principal destino. Segundo Josenete Cavalcante, chefe do Departamento de Estatística e Geoprocessamento (Degeo) da Sedecti, a Corrente de Comércio teve um crescimento de 15,2% em relação a setembro de 2024, mesmo enfrentando desafios como a estiagem.
“Apesar da questão da estiagem, conseguimos, com todos os esforços do Governo do Amazonas, segurar a economia, garantindo insumos essenciais para a produção. Esperamos números positivos até o fim do ano”, afirmou.
O relatório completo está disponível no Portal do Planejamento (www.portaldoplanejamento.am.gov.br/balanca-comercial).
Entre os produtos exportados, o ouro em formas semimanufaturadas foi o principal destaque, representando 99,76% das vendas para a Alemanha, totalizando US$ 14,30 milhões. A Venezuela aparece como segundo maior destino, com US$ 6,19 milhões em outras preparações alimentícias, equivalentes a 89,24% das exportações para o país.
Importações impulsionadas
No segmento de importações, o Amazonas registrou US$ 1,37 bilhão em outubro, com a China consolidando-se como a principal fornecedora. Produtos como “outros suportes gravados” totalizaram US$ 99,32 milhões, representando 17,99% das importações chinesas. Os Estados Unidos ocuparam a segunda posição, com destaque para óleos de petróleo e preparações, somando US$ 61,34 milhões (41,52% das importações norte-americanas).
Contribuição dos municípios do interior
Municípios do interior também contribuíram para o saldo comercial. Presidente Figueiredo liderou as exportações pela segunda vez consecutiva, com US$ 5,70 milhões em ferro-ligas enviadas para a China. Borba destacou-se com US$ 201,61 mil em pedras preciosas (exceto diamantes) exportadas para os Estados Unidos.
Nas importações, Itacoatiara foi destaque, registrando US$ 14,15 milhões em compras de óleos de petróleo e minerais betuminosos da Rússia. Já Iranduba importou US$ 907,99 mil em chapas e tiras de alumínio da China.
Monitoramento estratégico para desenvolvimento econômico
Os dados fazem parte do estudo mensal da Balança Comercial do Amazonas, produzido pela Sedecti. A análise busca fornecer um panorama estratégico das relações comerciais do estado, contribuindo para a formulação de políticas públicas e o fortalecimento da economia regional.
A secretária de Desenvolvimento Econômico reafirma que o monitoramento do comércio exterior é essencial para consolidar o Amazonas como um polo estratégico de exportação e importação no Brasil.
