Igo Estrela/ Metrópoles

A Amazônia registrou 85.150 focos de queimadas entre janeiro e setembro deste ano. O índice representa um aumento de 55% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta quarta-feira (28/9).

O índice de incêndio na Amazônia se aproxima dos 96.837 registrados nos primeiros nove meses de 2010, quando o bioma sofreu com uma seca extrema.

Levantamento mostra que apenas nos primeiros 27 dias deste mês o bioma detectou 39.128 focos de incêndio, um crescimento de 150% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram detectados 15.624 focos.

Fotografia colorida de Floresta amazonica incendio desmatamento crime

Os estados com maior número de focos registrados nos primeiros nove meses de 2022 são Pará, Mato Grosso, Amazonas, Acre e Rondônia. Apenas o território paraense detectou 27.249 focos de incêndio, o maior índice no bioma amazônico.

O Pará teve um aumento de focos de queimadas de 93% em comparação com os nove primeiros meses de 2021, quando foram registrados 14.093.

“Os dados são alarmantes e apontam para uma destruição sem precedentes que impacta não apenas na vida dos povos locais, mas afeta também a economia e a segurança hídrica de outras regiões, visto que o que acontece na Amazônia impacta os demais biomas”, declara o diretor de Restauração e Conservação do WWF-Brasil, Edegar de Oliveira.

“Ainda é tempo de entender que a floresta vale mais em pé, que não há necessidade de queimadas e desmatamento, pois já temos muitas áreas abertas improdutivas”, completa.

Os municípios mais atingidos pelo fogo até agora em 2022 foram São Félix do Xingu (PA), Altamira (PA), Lábrea (AM), Porto Velho (RO) e Novo Progresso (PA).

Liderando também o índice de incêndio no mês de setembro, o Pará registrou 11.972 focos de devastação, um aumento de 228% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram detectados 3.645 focos.

Em segundo lugar aparece o Amazonas, com um crescimento de 202% entre 1 e 27 de setembro, com o registro de 8.082 focos, contra 2.675 no mesmo período de 2021.

Entre junho e outubro a Amazônia sofre com a temporada de fogo, quando há o maior registro de queimadas na região e também de desmatamento em decorrência da seca nas florestas.

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