A Anvisa encaminhou à Polícia Federal um documento assinado atestando que um funcionário da Associação de Futebol Argentino (AFA) falsificou as declarações de saúde dos quatro jogadores da seleção argentina protagonistas da polêmica do clássico contra a Seleção Brasileira, em setembro de 2021: Emiliano Martínez, Buendia, Lo Celso e Romero.

Naquela ocasião, o jogo válido pelas Eliminatórias foi paralisado e, em seguida, suspenso, devido à entrada irregular dos atletas no Brasil. Eles deveriam ter cumprido quarentena antes de ingressar no país e não o fizeram. Até então, a Conmebol não definiu se haverá uma nova data para o confronto ou se alguma equipe será declarada vencedora.

O ofício, assinado pela chefe do posto de vigilância sanitário do Aeroporto de Guarulhos, Elisa Boccia, é parte fundamental do inquérito que apura se houve crime de falsidade ideológica no caso, tanto por parte dos jogadores, quanto por parte de funcionários da AFA.

A Polícia Federal pediu o endereço de IP responsável pelo preenchimento dos atestados, mas a Anvisa constatou que o sistema da agência está hospedado em um serviço de nuvem da Microsoft e que, para diminuir os custos, o recurso que permitiria verificar esse dado foi desligado.

Mesmo assim, a Anvisa conseguiu encontrar a identidade do funcionário pelo código de acesso utilizado para preencher as informações. Ele é Fernando Ariel Batista, funcionário da AFA. O próximo passo, agora, é este o que ele tem a dizer, o que será feito pela PF. (Metrópoles)

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