Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar nesta sexta-feira (5/8) que o mundo todo vem sofrendo com o preço dos combustíveis. Segundo ele, no entanto, “o Brasil já saiu dessa crise”.

Durante agenda em Minas Gerais, o presidente disse que o país está partindo para ter “a gasolina mais barata do mundo” e que seu governo é bem relacionado com outras nações.

“Estamos partindo para a gasolina mais barata do mundo. O mundo todo vem sofrendo com os combustíveis. O Brasil já saiu dessa crise. O Brasil é um país que é bem relacionado com o mundo todo”, declarou.

A declaração do presidente ocorre no mesmo dia em que passou a valer uma redução no preço do diesel. Nessa quinta-feira (4/8), a Petrobras informou que o combustível diminuiria R$ 0,20 nas refinarias. A redução representa uma queda de 3,57%. Os preços dos demais combustíveis não foram alterados.

Esta é primeira redução no preço do diesel desde que o novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, assumiu o comando da estatal, em junho deste ano.

A Petrobras afirmou que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da estatal no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba. De acordo com a companhia, a redução “acompanha a evolução dos preços de referência”.

O texto pontua ainda que a decisão “é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Na gestão de Paes de Andrade, foram duas reduções no preço da gasolina – uma em 20 e outra em 29 de julho. O recuo, da última vez, foi de R$ 3,86 para R$ 3,71 – ou R$ 0,15.

Nessa quinta, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse esperar que a Petrobras anuncia novas reduções nos preços dos combustíveis.

Importação de diesel

No mês passado, o governo informou que estava negociando a importação de diesel da Rússia. Se confirmada, a medida irá na contramão de vários países que têm adotado uma série de sanções contra os russos — como o embargo a importações de petróleo e derivados — em razão do conflito com a Ucrânia, que já dura mais de cinco meses.

O Brasil é considerado estruturalmente “deficitário” em óleo diesel. No ano passado, por exemplo, quase 30% da demanda total do país veio de fora.

Historicamente, o consumo de diesel é mais alto no segundo semestre em razão das sazonalidades das atividades agrícola e industrial. Segundo fontes do governo, o Ministério de Minas e Energia já trabalha com a expectativa de que o consumo do combustível neste ano supere a quantidade consumida em 2021.

(Metrópoles)

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