O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em suas redes sociais, que as eleições norte-americanas despertam interesses globais influenciam na geopolítica e projeção de poder mundiais. O chefe do Executivo associou essa influência à suspeita de “ingerência de outras potências” no resultado da votação e afirmou que a América do Sul caminha para a esquerda.

Sem apontar eventuais interessados, Bolsonaro citou o potencial agropecuário brasileiro para especular uma possível interferência externa, segundo ele: “Na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando às eleições de 2022”.

O presidente não chegou a pontuar casos específicos, como a eleição de Alberto Fernández na Argentina, ou a vitória do ex-ministro de Evo Morales, Luis Arce, na Bolívia, mas sustentou a “caminhada para a esquerda” na América do Sul.

“Não se trata apenas do Brasil. Devemos nos inteirar, cada vez mais, do porquê, e por ação de quem”, questionou sobre a retomada de do poder por presidentes de esquerda em alguns países do continente.

Liberdade ameaçada

O chefe do Executivo federal também disse que a liberdade no Brasil está ameaçada. “Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia”.

Apesar de não ter apontado nomes, Bolsonaro se refere à declaração do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, que afirmou, em março, que sua administração “reunirá o mundo” para pressionar o governo de Jair Bolsonaro a proteger a Amazônia. Apesar de ter concedido a entrevista há oito meses, a fala do democrata só repercutiu agora.

“O presidente Bolsonaro deve saber que se o Brasil deixar de ser um guardião responsável da Floresta Amazônica, minha administração reunirá o mundo para garantir que o meio ambiente seja protegido”, afirmou Biden ao site Americas Quarterly.

Na noite de segunda (2/11), Bolsonaro rebateu uma informação de que seu governo teria tentado contato com a campanha de Joe Biden. “Eu não tentei entrar em contato com o candidato Joe Biden, tampouco pedi ao nosso embaixador fazê-lo. Quanto às eleições, todos sabem do respeito que tenho pelos USA, bem como do bom relacionamento que nutro com o presidente Donald J. Trump“. Com informações de metrópoles.

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